Comentários referentes à 27/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 27/03
O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,57% ,ou $ 15,75 cents/bushel a $ 1016,75. A cotação de julho, fechou em alta de 1,53 % ou $ 15,50 cents/bushel a $ 1030,50. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 0,31 % ou $ 0,9 ton curta a $ 294,5 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 3,82 % ou $ 1,63/libra-peso a $ 44,27.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Após quatro sessões em queda, o mercado buscou reajustar posições antes dos relatórios trimestrais. A expectativa dos operadores é que o USDA finalmente aponte uma redução da área de soja, que poderá ser substituído pelo milho nos EUA. A recuperação dos derivados, em especial o óleo de soja, deram suporte para o momento de alta. O óleo de soja apresentou bons números de vendas para exportação no relatório semanal, visto que é o valor mais competitivo no momento.
Já as vendas da soja grão ficaram abaixo da semana anterior “. “As vendas líquidas caíram 4% em relação à semana anterior e 28% em relação à média das quatro semanas anteriores”, disse informou o USDA, que ainda apontou o cancelamento de 94 mil toneladas de soja negociadas da safra nova.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-ALTA SIGNIFICATIVA DO ÓLEO APÓS ACORDO SOBRE BIODIESEL (altista)
Aumento significativo nos preços do biodiesel ser acordado no corte obrigatório de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, medida que teria sido acertada após reuniões realizadas a pedido da Casa Branca entre representantes da indústria petrolífera e produtores de biocombustíveis.
EUA-AUMENTO DO MANDATO DE BIODIESEL (altista)
Conforme relatado pela Reuters hoje, “três das fontes disseram que houve um acordo em princípio para solicitar que a Agência de Proteção Ambiental aumente significativamente o mandato para diesel renovável e biodiesel de seu nível atual de 3,35 bilhões de galões, que a indústria de biocombustíveis diz estar muito abaixo da capacidade de produção. A faixa discutida foi entre 4,75 bilhões e 5,5 bilhões de galões, com alguns querendo volumes maiores até 2026 e outros pressionando por um aumento mais gradual.”
NOVAS TARIFAS SOBRE AUTOMÓVEIS (baixista)
O mercado continua pressionado pela entrada da safra brasileira no mercado e pelos riscos decorrentes da guerra comercial promovida pela Casa Branca, que ontem incluiu o anúncio
de tarifas de 25% sobre automóveis importados, que entrarão em vigor em 3 de abril. Isso tensiona ainda mais as relações entre os EUA e a União Europeia, entre outros fornecedores de veículos e se soma às tarifas de 20% já em vigor sobre produtos da China, que já impôs uma retaliação de 10% à soja dos EUA, e à ameaça de tarifas de 25% sobre aqueles que importam petróleo da Venezuela, também visando a China, que responde por quase 70% das exportações de petróleo bruto venezuelano.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
O relatório semanal sobre as exportações dos EUA foi negativo novamente hoje, desta vez para o período de 14 a 20 de março, já que o USDA relatou vendas de soja de 2024/2025 de 338.500 toneladas, abaixo das 352.600 toneladas relatadas no relatório anterior e perto da previsão mínima dos produtores do setor privado, que estimaram uma faixa viável entre 300.000 e 900.000 toneladas. “As vendas líquidas caíram 4% em relação à semana anterior e 28% em relação à média das quatro semanas anteriores”, disse a agência, que classificou o México como o maior comprador, com 260.900 toneladas.
EUA-USDA APONTA MELHORA NA UMIDADE (baixista)
Com a temporada de plantio de soja 2025/2026 programada para começar nos Estados Unidos nas próximas duas semanas, o USDA reduziu hoje a área normalmente usada para a oleaginosa que sofre algum grau de seca de 42% para 36%, ante 20% no mesmo período em 2024.
BRASIL-EXPORTAÇÕES ELEVADAS (baixista para CBOT, altista para o Brasil)
Em sua revisão semanal das estimativas de exportação brasileira, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais do Brasil (ANEC) manteve sua previsão para os embarques de soja para março em 15,56 milhões de toneladas, acima dos 9,73 milhões embarcados em fevereiro e dos 13,55 milhões do terceiro mês de 2024. Em relação ao farelo, a entidade reduziu os embarques em março de 2,60 para 2,30 milhões de toneladas, ante 1,50 milhão em fevereiro e 1,80 milhão em março de 2024.
ARGENTINA-CHUVAS BENEFICIAM LAVOURAS (baixista)
Em seu relatório semanal de safras, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou hoje que, desde o relatório anterior, foram registradas chuvas na porção oeste da área agrícola e na NEA. “Nesta última região, as chuvas não alteraram a situação da cultura da soja, que continua apresentando produtividades esperadas abaixo da média. Cinquenta por cento da soja de primeira safra em todo o país já entrou na fase de maturidade fisiológica. As regiões dos Núcleos e Córdoba são as mais avançadas e estão próximas do início da colheita. Enquanto isso, na região centro-norte de Córdoba, a colheita começou timidamente, com expectativa de ganhar ritmo nos próximos dias. Oitenta por cento da soja de segunda safra está entre R4 e R5. Na região central, mais de 80% das lavouras plantadas estão em condição de safra excelente/normal. Nesse cenário, mantemos nossa projeção de produção em 48,60 milhões de toneladas”, afirmou a agência.
Fonte: T&F Agroeconômica