Comentários referentes à 18/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 18/03
O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,27%, ou $ -2,75 cents/bushel a $ 1012,75. A cotação de julho, fechou em baixa de -0,27% ou $ -2,75 cents/bushel a $1026,50. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -1,45 % ou $ -4,5 ton curta a $ 299,9 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 1,05 % ou $ 0,44/libra-peso a $ 42,54.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. A colheita no Brasil elevou a pressão sazonal sobre os preços depois de consolidar a recuperação do atraso inicial da safra. Neste sentido a Conab informou que a área estava 69,8% colhida, ante 60,9% no relatório anterior; de 61,6% no mesmo período em 2024 e da média de 64,9% dos cinco anos anteriores.
Incertezas sobre as tarifas e uma possível recessão nos EUA estão no radar do mercado de commodities e de ações, o que retrai os investidores.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL E TARIFAS
Após mais um dia volátil e com os principais indicadores de Wall Street em baixa, os preços da soja fecharam a sessão de Chicago com sinal negativo. Isso foi consequência tanto da pressão que continua a exercer sobre o rápido progresso da colheita no Brasil quanto das implicações da guerra comercial 2.0 desencadeada pelo governo Trump, com as respectivas retaliações dos países afetados e as sombras recessivas que elas lançam sobre a economia dos Estados Unidos.
TAXAS SOBRE NAVIOS CONSTRUÍDOS NA CHINA (baixista)
Além das tarifas, os armadores estão monitorando de perto — e muito preocupados com — a possibilidade de que o governo Trump imponha taxas portuárias onerosas sobre embarcações construídas e/ou operadas pela China. De acordo com especialistas, essas taxas gerariam custos adicionais para toda a cadeia comercial (por exemplo, preços mais baixos para os produtores) e uma perda de competitividade para as exportações dos EUA. Isso pode ser decidido na semana que vem.
BRASIL-NOVA VALORIZAÇÃO DO REAL (altista)
A valorização do real frente ao dólar nos últimos dias, à medida que os incentivos de venda aos produtores brasileiros diminuem.
INDONÉSIA PENSA EM AUMENTAR IMPOSTO SOBRE ÓLEO DE PALMA (ALTISTA)
Além disso, o mercado foi apoiado de alguma forma pela melhora no valor do óleo (a posição de maio adicionou US$ 9,70 para fechar em US$ 937,83 por tonelada), o que reagiu à possibilidade de o governo indonésio aumentar os impostos sobre as exportações de óleo de palma de uma faixa de 3% a 7,5% para uma faixa de 4,5% a 10%. Isso, que seria aplicado ao preço de referência do óleo de palma bruto, seria usado para financiar a redução obrigatória de combustíveis fósseis com o biodiesel sendo promovido naquele país, o maior produtor e exportador mundial de óleo de palma.
BRASIL-COLHEITA ATINGE 69,8% DA ÁREA (baixista)
Em seu relatório semanal de ontem, a Conab informou que a área estava 69,8% colhida, ante 60,9% no relatório anterior; de 61,6% no mesmo período em 2024 e da média de 64,9% dos cinco anos anteriores.
Fonte: T&F Agroeconômica