Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 27/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 27/05
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,21%, ou $ 2,25 cents/bushel a $ 1062,50. A cotação de agosto, fechou em alta de 0,19% ou $ 2,00 cents/bushel a $ 1058,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,03 % ou $ 0,1 ton curta a $ 296,3 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,45 % ou $ 0,24/libra-peso a $ 49,57.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. As cotações da oleaginosa sustentaram leves ganhos apesar da pressão dos embarques 13,51% reduzidos e da colheita no Brasil praticamente finalizada. As áreas de lavoura de soja na Argentina estão sofrendo com chuvas, onde já se especula uma redução de safra ou perca de qualidade dos grãos. Nesta terça, um consultor americano estimou uma queda de 1,5 milhão de tonelada no volume final colhido no país.
O presidente americano, Donald Trump, fez novamente o seu movimento de recuo, depois de ameaçar impor 50% tarifas à União Europeia nos próximos dias. Ao aumentar o prazo inicial para 9 de julho, os exportadores esperam ter mais tempo para novas vendas e avanços do governo americano nas negociações com a UE, bloco que está aumentando as suas compras de soja no último ano comercial.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA-REDUÇÃO DA SAFRA (altista)
O consultor americano Michael Cordonnier reduziu hoje de 50 para 48,5 milhões de toneladas sua previsão para o volume da safra de soja 2024/2025 da Argentina, devido às inundações no norte de Buenos Aires, que afetaram especialmente a oleaginosa. Vale ressaltar que esse ajuste está relacionado ao excesso de chuvas que caiu entre 14 e 19 de maio. Isso significa que as atuais más condições ambientais, com chuvas mais abundantes em áreas de Buenos Aires, Santa Fé e Córdoba, podem piorar as perdas tanto de lavouras quanto de grãos armazenados.
ADIAMENTO DE TARIFAS CONTRA UE (altista)
A decisão de Trump de adiar a eventual imposição de tarifas de 50% contra a União Europeia até 9 de julho contribuiu para a tendência de alta, ainda que de forma muito tímida, dado o sucesso limitado até agora nas negociações entre a Casa Branca e o resto do mundo sobre tarifas. Nesse sentido, vale lembrar que há uma trégua temporária em vigor com a China, mas não um acordo para encerrar a segunda guerra comercial.
BRASIL-FIM DA COLHEITA E POSSÍVEL AUMENTO DA PRODUÇÃO (baixista)
Com a colheita brasileira de soja quase concluída — ontem, a Conab informou que ela avançou, atingindo 99,5% da área plantada —, a consultoria Datagro elevou sua previsão para o volume de produção da oleaginosa 2024/2025 de 171,20 para 172 milhões de toneladas, acima da projeção da agência brasileira, de 168,34 milhões de toneladas e da projeção do USDA, de 169 milhões de toneladas.
EUA-EXPORTAÇÕES NEGATIVAS (baixista)
O relatório semanal de inspeção de remessas do USDA hoje foi negativo para o mercado dos EUA. A agência informou que os embarques de soja totalizaram 194.904 toneladas, abaixo das 225.358 toneladas informadas no relatório anterior e próximo do mínimo esperado pelos traders, que estimaram uma possível variação entre 175.000 e 550.000 toneladas.
EUA-SITUAÇÃO DO PLANTIO DE SOJA
O USDA informou no final da tarde dessa terça-feira que o plantio da soja está em 76%, ante 66% da semana anterior, dos 66% do ano anterior e adiantada em relação aos 68% da média de cinco anos. As plantas emergindo estão em 50%, ante 34% da semana anterior, 37% ano passado e 40% da média histórica.
Fonte: T&F Agroeconômica