Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 13/12/2024
FECHAMENTOS DO DIA 13/12

O contrato de soja para janeiro, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de 0,75%, ou $ -7,50 cents/bushel a $ 988,25. A cotação de março, fechou em baixa de -0,82% ou $ -8,25 cents/bushel a $ 995,00. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em baixa de -1,12 % ou $ -3,3 ton curta a $ 286,3 e o contrato de óleo de soja para janeiro fechou em baixa de -0,14 % ou $ -0,06/libra-peso a $ 42,61.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. A perspectiva de grandes safras na América do Sul e a constante redução na demanda pela soja americana (ainda robustas, mas em queda de 42% na média de 4 semanas) pressionaram as cotações a oleaginosa ao logo de toda a semana. No entanto picos pontuais, como os vistos nesta sexta-feira, com a venda de 200 mil toneladas de soja para exportação evitam maiores perdas nas cotações.

Na segunda-feira o mercado espera uma redução no esmagamento em novembro no comparativo mensal, mas um aumento em relação ao ano passado. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -0,43% ou $-4,25 cents/bushel. O farelo de soja caiu -0,40% ou $-1,1 ton curta. O óleo de soja perdeu -0,36% ou -0,86 libra-peso no período.

Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA

a) Boas vendas de óleo de soja nos EUA: Um fato que nunca deixa de surpreender é a explosão nas exportações que o óleo de soja americano está experimentando após os escassos volumes vendidos nas duas temporadas anteriores. Neste sentido, o USDA reportou vendas semanais de 63.800 toneladas, acima das 19.500 toneladas do relatório anterior e dentro do intervalo esperado pelas empresas privadas, que era de 5.000 a 80.000 toneladas.

Até o momento no ciclo comercial, as vendas totalizam 480 mil toneladas, o que implica um crescimento de 1.597% em relação ao mesmo período de 2023, além de representar 96% das 500 mil toneladas que o USDA previu terça-feira como exportações para todo o ciclo. 2023/2024, após aumentar o volume de 270 mil toneladas em novembro. Nesse ritmo, a organização terá que continuar ajustando seus números nos próximos relatórios mensais;

b) No Brasil, a demanda de óleo de soja para biocombustível está mantendo os preços relativamente elevados. Com a elevação de B14 para B15 programada para entrar em vigor em março de 2025 esta alta será mantida e até incrementada: para chegar à mistura de 15% de biodiesel ao diesel, o chamado B15, o Brasil demandaria cerca de 8 milhões de toneladas de óleo de soja, por ano, principal matéria-prima do biocombustível, apenas para esta finalidade.

Para produzir B14 o Brasil precisou esmagar 36,98 milhões de toneladas de soja e, para chegar ao B15, precisará aumentar o esmagamento para 43,25 MT, aumentando a demanda interna do óleo de soja e da própria soja. O contraponto será encontrar demanda para as 4,70 MT de farelo de soja que serão produzidas a mais.

FATORES DE BAIXA

a) Vendas fracas de soja americana: no seu relatório semanal, desta vez para o período de 29 de novembro a 5 de dezembro, o USDA reportou hoje vendas de soja 2024/2025 por 1.173.800 toneladas, abaixo das 2.312.700 toneladas do relatório anterior e do intervalo estimado pelos operadores, que foi de 1,50 a 2,20 milhões de toneladas. “As vendas líquidas caíram 49% em relação ao relatório anterior e 42% em relação à média das quatro semanas anteriores”, afirmou a agência;

b) América do Sul deve ter produção recorde: boas condições climáticas na América do Sul, onde a contribuição das chuvas tornou-se regular em boa parte das áreas produtoras do Brasil e da Argentina. O mercado está iente de que se a bonança meteorológica continuar, a oferta do bloco Sul (Brasil, Argentina e Paraguai) poderá atingir um recorde entre 230 e 235 milhões de toneladas, superior aos 210/215 milhões da temporada anterior.

c) China-produção praticamente inalterada de soja: o Gabinete Nacional de Estatísticas da China estimou a produção de soja 2024/2025 em 20,65 milhões de toneladas, 0,9% abaixo do volume do ciclo anterior, mas em linha com os 20,70 milhões de toneladas esperados terça-feira pelo USDA.

d) No Brasil, preços estão recuando por menor demanda de final de ano, com empresas parando por férias de funcionários, manutenção, balanço, etc. Mas, com a pequena retomada nos preços do farelo a tendência será de alta já em janeiro.

Fonte: T&F Agroeconômica



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