Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 28/07/2025
FECHAMENTOS DO DIA 28/07
Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em baixa de 1,44% ou $ -5,75 cents/bushel, a $ 393,75. A cotação para dezembro, referência alternativa, fechou em baixa e 1,19% ou $ -5,00 cents/bushel, a $ 414,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações do cereal voltaram a cair, mesmo com os bons dados de demandas anunciados no dia. A pressão da grande safra americana e de uma melhora no ritmo de colheita da boa safra brasileira não dão margem para alguma recuperação dos preços. Setembro permanece abaixo dos US$ 4 bushel. Mesmo a demanda aquecida, com duas vendas extras no dia, somando 450 mil toneladas de milho e embarques para exportação 54% acima da semana anterior, não foi capaz de evitar a queda no dia.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa pressionado Chicago
Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta segunda-feira. As cotações da B3 caíram em sintonia com Chicago, que renovou nesta segunda-feira, as mínimas de dias semanas. Com isso, o grão americano segue com um preço mais competitivo.
Além disso, o atraso na colheita também significa atraso nos portos. Segundo o Secex, o Brasil exportou apenas 42,8% do volume embarcado em 2024 para julho. O ritmo está melhorando, mas deve se destacar apenas em agosto.
No mercado físico o Cepea informou que “O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), vem reagindo nos últimos dias, mas ainda acumula queda na parcial de julho, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, ao mesmo tempo em que vendedores limitam as ofertas em regiões onde a colheita está mais atrasada, como nas praças paulistas, sustentando os valores, noutras localidades, sobretudo do Centro-Oeste, o ritmo acelerado das atividades de campo eleva a disponibilidade, pressionando as cotações. Além disso, agentes consultados pelo Cepea relatam que o aumento nos fretes reforça o suporte sobre os preços. Pesquisadores ressaltam que as boas expectativas quanto às produções brasileiras e mundiais continuam restringindo os negócios, visto que parte dos consumidores sinaliza estar estocada e aguarda o próximo mês – com o avanço da colheita –, para adquirir o cereal a patamares inferiores aos atuais.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 28/07
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 65,05, apresentando baixa de R$ 0,59 no dia e baixa de R$ 0,05 na semana; o vencimento de novembro/25 foi de R$ 68,22, apresentando baixa de R$ 0,36 no dia e alta de R$ 0,04 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 71,91, apresentando baixa de R$ 0,21 no dia e baixa de R$ 0,20 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
COTAÇÕES NOVAMENTE PRÓXIMAS DAS MÍNIMAS (baixista)
O milho está sendo negociado em novas mínimas em Chicago, após cair pouco mais de 2% na semana anterior e está novamente próximo das mínimas para a maioria dos contratos ativos. Entre os fatores que influenciam a tendência de baixa estão a redução anunciada nas tarifas de exportação na Argentina (de 12% para 9,5%); a aceleração da colheita de safrinha no Brasil, com a maior entrada de novos grãos no mercado; e a boa condição geral das lavouras americanas, que fecharão julho com bons estoques de umidade, como observamos no segmento de soja.
BRASIL-COLHEITA DA SAFRINHA ATINGE 68% (baixista)
Em relação à safrinha brasileira, a consultoria AgRural informou hoje que a colheita atingiu 68% da área plantada no Centro-Sul do país, ante 55% na semana anterior e 91% no mesmo período de 2024. “Favorecida pelo clima mais seco, a colheita avançou em bom ritmo pela terceira semana consecutiva. A expectativa de chuva em algumas áreas também impulsionou os trabalhos, com os produtores buscando colher o máximo possível antes do aumento da umidade. A produtividade continua alta, reforçando a expectativa de produção recorde”, afirmou a empresa.
EUA-NOVAS VENDAS (altista)
O USDA confirmou hoje duas novas vendas de milho americano: uma para o México, no valor de 225 mil toneladas para a safra 2025/2026, e outra para destinos desconhecidos, de 229 mil toneladas, das quais 35 mil toneladas foram vendidas para a safra 2024/2025 e o restante para a nova temporada.
EUA-ESTÁGIO DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, o estágio fenológico das lavouras de milho nos Estados Unidos. As plantas desenvolvendo espigas estão em 76%, ante 56% da semana passada, 75% do ano anterior e abaixo dos 77% da média histórica. As espigas criando massa está em 26%, ante 14% da semana passada, 28% do ano anterior e 24% da média histórica.
EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou uma leve piora qualidade das lavouras americanas. 73% das lavouras estão em condições boas/excelentes, ante 74% da semana anterior e 68% do ano passado. 20% em condições regulares, ante 20% da semana passada e 23% do ano anterior. 7% em pobres/muito pobres, ante 6% da semana anterior e 9% do ano passado.
BRASIL-CONAB-COLHEITA SEGUE ATRASADA
Segundo a Conab, até o dia 26/06 o produtor brasileiro colheu 66,1% da 2ª safra de milho, ante 55,5% da semana anterior. Os trabalhos seguem atrasados em relação aos 86% do ano anterior e 70,1% da média de cinco anos.
Fonte: T&F Agroeconômica