Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 20/11/2024
FECHAMENTOS DO DIA 20/11
Milho: A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em alta de 0,70% ou $ 3,00 cents/bushel a $ 430,25. A cotação para março25, fechou em alta de 0,51% ou $ 2,25 cents/bushel a $ 440,00.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. O aumento do conflito Rússia X Ucrânia transbordou do trigo para o milho neste meio de semana. Atualmente a Ucrânia figura como o quarto maior exportador de milho e a Rússia o maior fornecedor mundial de trigo.
Depois de sete semanas consecutivas de aumento na produção de etanol, a Administração de Informações de Energia dos EUA apontou uma queda no comparativo semanal de 3000 mil barris dia, volume que representa uma redução de apenas -0,27% da produção diária, produção muito próxima de valores recordes.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Feriado no Brasil – Mercado fechado
NOTÍCIAS IMPORTANTES
MAR NEGRO-CONTINUAM AS TENSÕES (altista)
As crescentes tensões na área do Mar Negro (à medida que se expande no espaço do trigo), o que poderá afetar os embarques de um dos quatro maiores fornecedores mundiais
de milho.
AMÉRICA DO SUL-CONTINUAM AS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS (baixista)
O limite dos aumentos – que provocaram quedas na primeira parte do dia – foi determinado pelas condições ambientais favoráveis vigentes em boa parte das áreas produtoras da Argentina, onde se inicia a semeadura das culturas tardias. Da mesma forma, o rápido progresso da implementação da soja no Brasil acalmou os temores de ver uma safrinha fora dos momentos ideais para o desenvolvimento da segunda safra de milho, que deve responder por quase 80% da oferta total de forragem brasileira.
BRASIL-VALORIZAÇÃO DO DÓLAR (baixista para CBT, altista para o Brasil)
A valorização do dólar frente ao real continua ameaçando o mercado norte-americano, ao melhorar a competitividade do segundo fornecedor mundial de milho e ao estimular os produtores a apostarem na safra e fecharem novas vendas para aproveitarem este momento, onde recebem mais reais pelos seus grãos.
ACORDO BRASIL-CHINA (altista para o Brasil baixista para CBOT)
Após o encerramento da Cúpula do G20, o presidente chinês Xi Jinping viajou para Brasília onde se reuniu com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Após esse conclave, assinaram acordos para promover o comércio e a cooperação em setores que vão do agronegócio à energia e aeroespacial. Em particular, o Brasil conseguiu abrir o mercado chinês para uvas frescas, gergelim, sorgo e para farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de p eixe para alimentação animal. Segundo a agência chinesa Xinhua, Xi disse que Pequim está disposta a enriquecer as relações bilaterais com o Brasil e que os dois países sejam “parceiros de ouro” para o sucesso mútuo.
SORGO-GRANDE IMPULSO (altista para o Brasil)
Pelo exposto, o sorgo é o produto que certamente causará maior desconforto aos exportadores dos Estados Unidos, visto que aquele país é atualmente o principal fornecedor
chinês. Para a atual campanha 2024/2025, o USDA prevê importações chinesas de sorgo em 7,70 milhões de toneladas. E segundo Karen Braun, colunista de mercado de grãos da Thomson Reuters, no ciclo 2023/2024 os Estados Unidos exportaram 75% de sua safra, que ficou em torno de 8 milhões de tonelad as, e 94% dessas vendas externas de sorgo foram destinados à China. “Ou seja, os Estados Unidos cultivam sorgo para a China”, disse a especialista em seu relato X.
Esse negócio, como já aconteceu com a soja e o milho, agora entrará na zona de risco com o surgimento do Brasil.
EUA-MENOS ETANOL (baixista)
Depois de estabelecer um valor recorde de produção na semana anterior, a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos reduziu hoje a produção diária de etanol no seu relatório semanal de 1.113.000 para 1.110.000 barris, volume que ultrapassou 1.023.000 barris na mesma época em 2023. E voltou a aumentar os estoques de biocombustíveis, desta vez, de 22.039 mil para 22.563 mil barris, valor que se manteve acima dos 21.652 mil barris em stock de há um ano.
Fonte: T&F Agroeconômica
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