Comentários referentes à 03/02/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 03/02

Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 1,40 % ou $ 6,75 cents/bushel a $ 488,75. A cotação para maio, fechou em alta de 1,37 % ou $ 6,75 cents/bushel a $ 499,75.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. O vai e vem das tarifas americanas trará fortes emoções para o mercado de grãos até ter algo de concreto. Nesta segunda, o governo americano entrou em acordo, durante o horário do pregão com o México e após o fechamento com o Canadá, para uma pausa de 1 mês na implementação de possíveis tarifas sobre as importações dos seus principais parceiros comerciais. Com a pausa e o avanço das conversas o mercado reagiu positivamente em todo o complexo de grãos, mas ainda com grande volatilidade.

Para o milho, as negociações foram importantíssimas, visto que o México é o maior comprador do grão americano e o Canadá evitou colocar tarifas sobre o milho americano em sua possível retaliação. Os atrasos nas duas safras de milho no Brasil também deram surte. Do lado comercial, os embarques para exportação do milho americano repetiram um volume muito parecido com o da semana anterior, onde o México foi o principal destino com 292.113,20 toneladas de milho enviados.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fechou em alta com atrasos no Brasil e volta da demanda
Os principais contratos de milho encerraram o dia em alta nesta segunda-feira (03). Com exceção do contrato de maio, que fechou com uma leve queda, as demais cotações fecharam em alta na B3. O mercado reagiu a melhora de Chicago, mas principalmente a fatores locais. A piora nas condições climáticas na Argentina e o atraso nas duas safras de milho impulsionaram as cotações.

O Cepea publicou nesta segunda-feira; “As cotações do milho seguem avançando no mercado brasileiro, de acordo com levantamentos do Cepea. Pesquisadores explicam que o suporte vem sobretudo da retração de vendedores, que estão concentrados nos trabalhos de campo (colheita da safra verão e semeadura da segunda safra). Além disso, a demanda está aquecida, com parte dos consumidores buscando recompor os estoques, ainda conforme o Centro de Pesquisas. Na semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) voltou a se aproximar dos R$ 75/saca de 60 kg.”

OS FECHAMENTOS DO DIA 03/02

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 75,64 apresentando alta de R$ 0,08 no dia, alta de R$ 0,73 na semana; maio/25 fechou a R$ 75,37, baixa de R$ -0,03 no dia, alta e R$ 0,67 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 71,49, alta de R$ 0,37 no dia e alta de R$ 0,74 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
TRUMP ADIA TARIFAS DO MÉXICO PARA MAIS UM MÊS (altista)

Após o anúncio feito pela presidente do México sobre a pausa de um mês nas tarifas, o milho consolidou uma sessão de alta em Chicago, como sintoma do alívio que os EUA evitam, pelo menos num primeiro momento, confrontar seu principal comprador de milho e grãos de destilaria, como resíduos derivados da produção de etanol e outros produtos, como cortes de carne suína e de aves.

CANADÁ-ISENÇÃO DE TARIFAS SOBRE ALGUNS PRODUTOS DE MILHO (ALTISTA)

Embora as tarifas de 25% sobre os produtos canadenses ainda estejam em vigor, além dos 10% sobre os produtos chineses, também proporcionou algum alívio o fato de que a lista de produtos americanos sobre os quais o Canadá imporá uma tarifa a partir de amanhã também incluiu uma tarifa etanol e milho foram isentos da tarifa de 25%. Dos primeiros, o Canadá é o principal mercado; do segundo, do quinto. O governo canadense também alertou que a p rimeira lista poderá ser ampliada nos próximos dias caso não haja progresso no diálogo entre os líderes.

ALTO CUSTOS DOS FERTILIZANTES DO CANADÁ (baixista)

Outra questão a ser observada de perto em meio a essa nova guerra comercial é o alto custo que os produtores americanos agora terão que pagar pelos fertilizantes, muitos dos quais vêm do Canadá. Isso poderia alterar as decisões de plantio de 2025/2026, que as empresas privadas geralmente previam que levariam a uma expansão do milho em detrimento da soja. Pode haver algumas respostas entre os dias 27 e 28 deste mês, no clássico Fórum Anual do USDA, onde a organização começará a delinear a próxima campanha.

BRASIL-PLANTIO DA SAFRINHA CONTINUA ATRASADO (altista)

Com dados coletados até quinta-feira, a consultoria AgRural informou hoje o avanço da semeadura da safrinha brasileira em 9% da área planejada no Centro-Sul, contra 2,2% da semana anterior e 27% cobertos até a mesma data em 2024. Além disso, ele observou o progresso da primeira colheita de milho em 14% da superfície apta, ante 9% no trabalho anterior e 17% há um ano.

EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DA ESPECTATIVA MAIOR (altista)

Em seu relatório semanal sobre a inspeção de embarques dos Estados Unidos, o USDA informou hoje embarques de milho de 1.252.056 toneladas, em linha com as 1.250.775 toneladas do relatório anterior e dentro da faixa esperada pelo setor privado, que era de 1 a 1,40 milhão. toneladas.

Fonte: T&F Agroeconômica



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