Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 09/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 09/06
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -2,03% ou $ -9,00 cents/bushel a $ 433,50. A cotação para julho, fechou em baixa de -2,54 % ou $ -11,00 cents/bushel a $ 422,25.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações do cereal acompanharam a realização dos lucros, vistos nos outros grãos. Pesou sobre o milho a pressão sazonal, onde o plantio nos EUA está praticamente finalizado e a colheita no Brasil e Argentina está avançando. Modelos climáticos mostram chuvas benéficas para o desenvolvimento do milho nos EUA. O mercado trabalhou com a perspectiva de o USDA indicar uma melhora nas condições das lavouras no país. Os embarques para exportação foram acima da semana anterior e da expectativa geral do mercado.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa em sintonia com Chicago e o dólar
Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta segunda-feira. As cotações do milho na B3 cederam em conjunto com a bolsa de Chicago e o dólar, que já acumula perdas de -2,73% no mês.
O Cepea informou nesta segunda-feira que “Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem – a Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior.
Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas. Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas, bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 09/06
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 64,11 apresentando baixa de R$ -0,49 no dia, alta de R$ 1,38 na semana; julho/25 fechou a R$ 65,03, baixa de R$ -0,55 no dia, alta de R$ 1,05 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 68,16 baixa de R$ -0,74 no dia e alta de R$ 0,63 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
TARIFAS-FALTA DE ACORDO CONTINUA (baixista)
A falta de acordos comerciais em meio à escalada tarifária imposta pela Casa Branca, que se agravou na semana passada com o aumento das tarifas sobre as importações de aço e alumínio de 25% para 50%. Isso afeta alguns dos principais compradores de milho americano, como México e Japão, e de etanol, como o Canadá.
BRASIL-COLHEITA ATRASADA (altista)
No Brasil, a consultoria AgRural reportou o avanço da colheita do milho safrinha em 1,9% da área plantada no Centro-Sul do país, ante 1,3% na semana anterior e 10% no mesmo período em 2024. O número atual é o menor para o período desde 2021. “A lentidão da colheita era esperada devido ao plantio tardio nas regiões produtoras, especialmente no Mato Grosso. Neste início de colheita, o trabalho também é prejudicado pelos altos níveis de umidade”, indicou a empresa.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)
O relatório semanal de hoje sobre a inspeção de embarques dos EUA foi positivo. O USDA reportou embarques de milho totalizando 1.656.562 toneladas, ligeiramente acima das 1.641.722 toneladas do relatório anterior e, também, acima da faixa estimada por agências do setor privado, que era de 1 a 1,60 milhão de toneladas.
EUA-SITUAÇÃO DO PLANTIO DE MILHO
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, informou que o andamento do plantio nos EUA está em 97% semeado até o dia 08 de junho, ante 93% da semana passada, 94% do ano anterior e 97% da média histórica. As plantas emergindo estão em 87%, ante 78% da semana anterior, 83% do ano passado e 87% da média histórica.
EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE MILHO
O USDA informou que 71% das lavouras estão em condições boas/excelentes, ante 69% da semana anterior e 74% do ano passado. 24% em condições regulares, ante 26% da semana passada e 21% do ano anterior. 5% em pobres/muito pobres, ante 5% da semana anterior e 5% do ano passado.
Fonte: T&F Agroeconômica