Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 17/07/2025
FECHAMENTOS DO DIA 17/07

Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em baixa de -0,80% ou $ -3,25 cents/bushel a $ 402,00. A cotação para dezembro, referência alternativa, fechou em baixa de -0,71% ou $ -3,00 cents/bushel a $ 421,00.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta quinta-feira. O efeito Coca-Cola e a fraca demanda na semana pesaram sobre a cotação do cereal. As vendas para exportação caíram 69% no comparativo semanal. O grande baque nos números veio do cancelamento de negócios para destinos desconhecidos e para o México, de aproximadamente 470 mil toneladas. Na política, Trump voltou a causar controvérsia ao sugerir que empresas como a Coca-Cola substituam o xarope de milho por açúcar de cana, o que gerou preocupação entre produtores, já que o adoçante consome cerca de 10 milhões de toneladas de milho por ano nos EUA, segundo a Reuters.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou sua projeção para a produção global de milho em 2025/26 para 1,276 bilhão de toneladas, praticamente em linha com o consumo global estimado em 1,272 bilhão de toneladas. A grande safra americana devera compensar safras menores como as da Hungria e Romênia.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista com atrasos na colheita

Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta quinta-feira. As cotações da B3 se descolaram de Chicago e do dólar. Com o atraso na colheita, e uma possível demanda reprimida para exportação, o mercado físico conseguiu uma leve recuperação nos dois últimos dias. A cotação mais curta da B3, que por meses ficou abaixo do preço Cepea está 1,10 reais acima. Os grandes cancelamentos nos EUA, apesar de comum no período, podem indicar a mudança de originação no comercio mundial.

OS FECHAMENTOS DO DIA 17/07

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 64,48, apresentando alta de R$ 0,45 no dia e alta de R$ 1,53 na semana; o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,77, apresentando alta de R$ 0,20 no dia e alta de R$ 1,16 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 71,62, apresentando alta de R$ 0,07 no dia e alta de R$ 0,61 na semana. Veja os demais resultados na tabela de fechamento abaixo.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-SAFRA RECORDE AINDA NÃO TEM COMPRADORES SUFICIENTES (altista)

O milho está sendo negociado em leve baixa em Chicago, após a recuperação observada nos três pregões anteriores. A queda é influenciada pelas condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas no cinturão soja/milho dos EUA; pela incerteza quanto à “saúde” da demanda, em meio a uma batalha tarifária gerada pela Casa Branca que permanece sem alívio para países-chave como México, Japão, Canadá e Coreia do Sul; e pela pressão para trazer o milho safrinha brasileiro ao mercado.

EUA-CHUVAS REDUZEM A ÁREA SOB SECA (baixista)

Em relação ao clima e às lavouras, após a atualização do mapa de monitoramento da seca nos EUA, o USDA reduziu hoje a área coberta por milho com algum grau de seca de 12% para 9%, ainda acima dos 5% registrados no mesmo período em 2024.

EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)

Com o mesmo esclarecimento feito no caso da soja, quanto à relevância dos dados da nova safra em relação aos do ciclo atual, o relatório semanal sobre as exportações dos EUA foi neutro a ligeiramente pessimista.

Nele, o USDA reportou vendas de milho para a safra 2024/2025 de 97,6 mil toneladas, bem abaixo das 1,262 milhão de toneladas reportadas no relatório anterior e da faixa prevista por traders, entre 500 mil e 1,2 milhão de toneladas. Isso se deveu a cancelamentos de negócios para destinos desconhecidos e para o México, de aproximadamente 470 mil toneladas.

Isso não compromete um programa de vendas que vem superando as previsões da agência para o ciclo comercial encerrado em 31 de agosto. Em relação à safra 2025/2026, o USDA reportou negócios de 565,9 mil toneladas, abaixo das 888,6 mil toneladas reportadas na semana anterior, mas dentro da faixa estimada por traders privados, que era entre 400 mil e 900 mil toneladas. Com 287,1 mil toneladas, destinos desconhecidos lideraram a lista de compradores.

UCRÂNIA-EXPORTAÇÕES (MUITO) MENORES (altista)

O Ministério da Política Agrária da Ucrânia informou que, durante os primeiros 16 dias do ciclo comercial 2025/2026, as exportações ucranianas de milho totalizaram 343.000 toneladas, abaixo do 1 milhão de toneladas comercializadas no mesmo período do ano passado.

ARGENTINA-PRODUÇÃO MENOR (altista)

A BCR-Bolsa de Comércio de Rosário manteve sua previsão para a safra argentina de milho em 48,50 milhões de toneladas em seu relatório mensal de estimativas agrícolas de ontem,
com base em uma produtividade de 6920 quilos por hectare. Na semana passada, o USDA projetou a produção argentina em 50 milhões de toneladas.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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