Comentários referentes à 30/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 30/01
Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,36% ou $ -6,75 cents/bushel a $ 490,25. A cotação para maio, fechou em baixa de -1,18 % ou $ -6,00 cents/bushel a $ 501,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. O mercado optou pela realização de lucros, visto o iminente anúncio de tarifas de 25% no comércio com o Canadá e o México, que o novo governo americano estudava. Os dois países são os principais parceiros comerciais dos EUA. No caso do milho, o embarque dos grãos pode sofrer retaliação, visto que o México é o principal comprador do cereal americano. (As tarifas foram anunciadas após o fechamento da sessão e já está tendo desdobramentos em diversos produtos do mercado financeiro, os três grãos operam em baixa no pregão noturno). No entanto, a cotação do milho, tocou mais de uma vez nos últimos dias, em um patamar de alta próximo ao visto em outubro de 2023.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fechou em alta com atrasos no Brasil e mudança de origem em guerra tarifária
Os principais contratos de milho encerraram o dia em alta nesta quinta-feira (30). O milho da B3 operou na contramão do dólar e de Chicago e fechou o dia com saldo positivo. O atraso na colheita da primeira safra alonga o período sem grandes disponibilidades de grãos no mercado físico, para uma indústria com demanda ativa agora na virada do mês. O atraso no plantio do milho safrinha aventa a possibilidade de redução de volume final de safra, com a janela de plantio mais curta.
Somado a isso a possível guerra tarifária que os EUA podem impor a grandes compradores de milho, como México e Colômbia, fazem o Brasil e a Argentina opções de fornecedores do cereal.
Com isso os preços seguem em uma estabilidade emum momento que poderiam estar caindo com o começo da colheita da 1ª safra.
OS FECHAMENTOS DO DIA 30/01
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 76,08 apresentando alta de R$ 0,34 no dia, baixa de R$ -0,25 na semana; maio/25 fechou a R$ 76,02, alta de R$ 0,46 no dia, alta e R$ 0,43 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 71,77, alta de R$ 0,65 no dia e baixa de R$ -0,55 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-À ESPERA DAS TARIFAS DE TRUMP PARA O MÉXICO (baixista para CBOT, altista para o Brasil)
O mercado está aguardando ansiosamente o que a Casa Branca fará em 1º de fevereiro em relação às ameaças de Trump de impor tarifas de 25% sobre as importações de produtos do México e do Canadá. O México é o maior comprador mundial de milho e um mercado cativo para grãos dos EUA para ração animal. E embora um conflito comercial com tarifas cruzadas não interrompa o fluxo de grãos dos Estados Unidos, uma retaliação do lado mexicano pode implicar algum grau de interrupção do comércio e forçar o México a buscar diversificar fornecedores na América do Sul.
BRASIL-PLANTIO CONTINUA LENTO (altista)
O limite para o declínio é o lento progresso da semeadura da safrinha no Brasil e o clima quente e seco nas áreas agrícolas da Argentina, que já reduziu a produção em vários milhões de toneladas, segundo estimativas privadas.
EUA-EXPORTAÇÕES ACIMA DA MÉDIA DE 4 SEMANAS (altista)
O relatório semanal de exportações foi neutro para o mercado americano hoje, com o USDA reportando vendas de milho 2024/2025 de 1.358.500 toneladas, abaixo das 1.661.000 toneladas do relatório anterior, mas dentro da faixa esperada pelos operadores, entre 850.000 e 1.800.000 toneladas. “Embora as vendas líquidas tenham caído 18% em relação ao relatório anterior, elas aumentaram 39% em relação à média das últimas quatro semanas”, disse o USDA, que identificou o Japão como o principal comprador, com 493.100 toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica
