Por T&F Agroeconômica. Comentários referentes à 13/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 13/05

Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,23% ou $ -5,50 cents/bushel a $ 442,50. A cotação para julho, fechou em baixa de -1,16% ou $ -5,00 cents/bushel a $ 427,75.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado nas bolsas americanas fechou em baixa nesta terça-feira. As cotações cederam após os dados do avanço do plantio, desta que até agora, deverá ser a maior safra de milho nos EUA. Além do grande volume, o plantio está acelerado, em 62%, acima dos 47% do ano anterior e 56% da média histórica. As condições comerciais incertas prevalecem no momento, mas as exportações agrícolas dos EUA ainda estão em alta, observa o analista do mercado de grãos Bryce Knorr. “Uma bomba relacionada ao comércio pode explodir a qualquer momento, mantendo as esperanças de demanda apreensivas, já que o clima afeta as previsões de oferta”, observa ele.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista ainda pressionado pelo milho safrinha

Os principais contratos de milho encerraram o dia em queda nesta terça-feira. As cotações da B3 seguem pressionados pelo iminente começo da colheita do milho safrinha. O mercado ainda segue atento aos dados que a Conab divulgará essa semana sobre a oferta e demanda de maio para o cereal. Apesar de afetar o mercado externo, os acordos firmados com a China precisam apresentar alguns resultados para mexer com o mercado interno neste momento de pressão sazonal.

O Cepea divulgou nesta segunda que “A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem pressionado as cotações do cereal, à medida afasta compradores das aquisições de novos lotes.”

FECHAMENTOS DO DIA 13/05

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,04 apresentando baixa de R$ -1,54 no dia, baixa de R$ -3,22 na semana; julho/25 fechou a R$ 63,78, baixa de R$ -0,80 no dia, baixa de R$ -2,52 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 67,53, baixa de R$ -0,26 no dia e baixa de R$ -1,10 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
FALTA DE ACORDOS PRESSIONA CBOT (baixista)

O mercado de milho fechou com queda de preços em Chicago. A queda foi influenciada pela falta de acordos entre a Casa Branca e potenciais compradores de milho, antes da safra 2025/2026 que deve produzir uma colheita recorde nos EUA, projetada ontem pelo USDA em 401,85 milhões de toneladas.

EUA-PLANTIO ACELERADO (baixista)

O ritmo acelerado de plantio nos Estados Unidos para a temporada 2025/2026, relatado ontem pelo USDA em seu relatório semanal, acabou sendo pessimista. De fato, a semeadura já atingiu 62% da área prevista, contra 40% na semana anterior; 47% da mesma época em 2024; a média de 56% dos últimos cinco anos e a média de 60% prevista pelas operadoras. Em Iowa, o maior estado produtor de milho, 76% da área planejada foi plantada, em comparação com 49% no relatório anterior e 56% no mesmo período do ano passado.

VIAGEM DE LULA À CHINA (baixista)

Também pressionaram o mercado os desdobramentos do setor de soja, em relação à presença de Lula na China e, em especial, a possibilidade de o Brasil assumir o negócio dos EUA de venda de grãos secos de destilaria (DDG, como são conhecidos os resíduos da indústria de etanol de milho) para o mercado chinês, após se tornar o maior fornecedor dos EUA em 2024. É verdade que esse negócio é mínimo para os Estados Unidos — as vendas para a China no ano passado foram avaliadas em US$ 65,7 bilhões —, mas ainda é um símbolo de como o Brasil, como potência agrícola global, capitaliza as disputas comerciais geradas pela Casa Branca, assim como fez com a soja após a primeira guerra comercial, que durou de 2018 a 2020.

EXPORTAÇÃO DE DDG PARA A CHINA (altista para o Brasil, baixista para CBOT)

Em entrevista à Reuters, Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Álcool de Milho do Brasil, disse que Brasil e China trabalham em um acordo sanitário para exportação de grãos secos de destilaria desde 2022, acrescentando que as atuais “amplas mudanças geopolíticas” representam um momento favorável para a conclusão do acordo. “Isso abre uma oportunidade para o Brasil se tornar mais uma opção para a China adquirir produtos de nutrição animal. Para nós, significa restabelecer e fortalecer o relacionamento entre os mercados brasileiro e chinês, que compartilham múltiplos interesses mútuos”, acrescentou o empresário. Segundo a organização, as exportações brasileiras de DDG totalizaram US$ 190,65 milhões em 2024, tendo como principais destinos Vietnã, Turquia, Nova Zelândia, Espanha e Tailândia.

EXPORTAÇÃO DE SAF (altista para o Brasil)

Por sua vez, o Sindicato da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia do Brasil comemorou hoje os anúncios do governo durante sua missão oficial à China, que incluem US$ 1 bilhão em investimentos para a produção de combustível de aviação sustentável (SAF) no Brasil e a assinatura de um memorando de entendimento visando expandir as exportações de etanol para o mercado chinês.

MAIS EXPORTAÇÕES DE PEÇAS DE CARNES (altista para o Brasil)

De acordo com um comunicado do Ministério da Agricultura do Brasil, a China também concordou em abrir suas fronteiras para as exportações brasileiras de carne de pato, carne de peru, miúdos de frango e farinha de amendoim.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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