Comentários referentes à 03/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 03/03

Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,97% ou $ -4,25 cents/bushel a $ 436,00. A cotação para maio, fechou em baixa de -1,04% ou $ – 4,75 cents/bushel a $ 451,50.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em queda nesta terça-feira. As cotações do cereal caíram pelo oitavo dia consecutivo, a pior sequência negativa até agora neste ano e uma das mais adversas dos últimos anos. O motivo foi a entrada em vigor de tarifas contra México, Canadá e China. Diante disso, os fundos prolongaram a liquidação dos contratos. O governo Trump impôs tarifas de 25% ao México e Canadá e 20% à China.

O governo chinês anunciou que responderá aos EUA com tarifas de 10% sobre soja, sorgo, carne bovina, suína, frutos do mar, frutas, vegetais e laticínios. Outros 15% sobre trigo, milho, algodão e aves, tarifas começarão em 10 de março.

Quanto ao México, que é o maior importador mundial de milho e o maior comprador dos Estados Unidos, sua presidente, Claudia Sheinbaum, informou que no próximo domingo anunciará a resposta tarifária que seu país adotará em retaliação à decisão “unilateral” tomada pela Casa Branca.

Do lado canadense, que é o principal destino do etanol dos EUA, entre muitos outros produtos, o primeiro -ministro Justin Trudeau disse que seu país imporá tarifas de 25% sobre importações dos EUA no valor de até US$ 20,7 bilhões, incluindo suco de laranja, manteiga de amendoim, vinho, bebidas destiladas, cerveja, café, eletrodomésticos, roupas,
calçados, motocicletas, papel e cosméticos. A autoridade alertou que essa lista será ampliada se as tarifas dos EUA ainda estiverem em vigor em 21 dias e que o etanol pode ser incluído lá, de acordo com especulações entre traders.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
CONAB, ANDAMENTO DA SAFRA DE MILHO NO BRASIL

A Conab informou o avanço da semeadura da safrinha em 69,6% da área planejada, ante 53,6% na semana anterior e 73,7% no mesmo período de 2024. Já a primeira safra de milho informou seu avanço em 25,3% da área, contra 20,9% no relatório anterior e 29,4% há um ano.

CHINA-A RETALIAÇÃO CONTRA TARIFAS AMERICANAS (baixista)

A pressão do mercado de hoje veio da aplicação de tarifas chinesas de 15% sobre o milho dos EUA após os EUA implementarem uma tarifa adicional de 10% durante a noite na China, aumentando a tarifa geral total agora para 20%. Semelhante à sua resposta no início de fevereiro, a retaliação da China foi considerada cirúrgica para evitar uma escalada da guerra comercial.

No ano comercial 23/24, as exportações de milho para a China foram de apenas 3 milhões de toneladas, o que foi o volume mais baixo em quatro anos e muito abaixo dos 21 milhões de toneladas na temporada 2020/21, quando a China estava tentando cumprir o acordo de compra da Fase 1. As exportações de milho dos EUA para fora da China têm sido muito fortes recentemente, mas muito disso tem sido o aumento das compras pelo México, que agora estão em risco devido à tarifa de 25%. O milho usado para etanol em janeiro caiu 46% em relação a dezembro, mas aumentou 3,7% em relação a janeiro do ano passado. A produção de DDD foi de 1,854 milhão de toneladas, queda de 1,2% em relação a dezembro, mas aumento de 5,1% em relação ao ano anterior.

EFEITOS IMEDIATOS SOBRE O PREÇO NOS EUA (baixista)

Os lances de base do milho caíram 10 centavos em um elevador (cerealista) de Nebraska e subiram 6 centavos em um terminal fluvial de Illinois, mantendo -se estáveis em outros lugares do centro dos EUA na terça-feira.

CLIMA PARA 2025 (baixista)

Espera-se que o padrão La Niña mais recente faça a transição para condições ENSO neutras já neste mês e permaneça lá até o final de 2025. O que isso significa em termos de clima nos EUA e como isso pode afetar a produção agrícola no exterior? O meteorologista do USDA Brad Rippey abordou esse tópico durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas de 2025 da agência – para saber os detalhes, clique aqui.

UE COMPRA MAIS MILHO (altista)

De acordo com os dados mais recentes da Comissão Europeia, as importações de milho da UE durante o ano de comercialização de 2024/25 atingiram 13,8 milhões de toneladas até 2 de março, o que representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Ucrânia, Estados Unidos, Brasil, Canadá e Sérvia foram os cinco principais fornecedores.

Fonte: T&F Agroeconômica



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