Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 15/07/2025
FECHAMENTOS DO DIA 15/07

Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 0,31% ou $ 1,25 cents/bushel a $ 401,25. A cotação para dezembro, referência alternativa, fechou em alta de 0,42% ou $ 1,75 cents/bushel a $ 419,75.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. Os operadores de mercado seguem cobrindo posições vendidas na bolsa, devido aos preços baixos e dando suporte as cotações do milho. O acordo entre EUA e Indonésia deu um animo extra aos Trades, na expectativa de ver novas negociações nos próximos dias. A alta não foi mais efetiva pela manutenção da qualidade da safra americana pelo USDA, com boas perspectivas de chuvas nos próximos dias, o que pode aumentar ainda mais a produtividade nos EUA

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa com demanda retraída

Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta terça-feira. As cotações da B3 seguiram a cotação do dólar e o mercado físico, que apresentou uma longa sequência de quedas nos últimos dias. Com o dólar mais baixo, as negociações para exportação travaram no dia. A dificuldade de engatar o programa de exportação em 2025 ainda deixa a disponibilidade interna confortável para a indústria local. O milho brasileiro segue menos competitivo que o americano e o argentino.

Nem mesmo o atraso na colheita está dando suporte aos preços. Segundo o Cepea “a colheita da segunda safra, que deve ter produção recorde, e a retração compradora são os fatores que pressionam os valores. Além disso, a demanda externa também enfraquecida reforça o movimento de queda no preço interno do cereal.”

OS FECHAMENTOS DO DIA 15/07

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,81, apresentando baixa de R$ -0,26 no dia e alta de R$ 0,57 na semana; o vencimento de setembro/25 foi de R$ 63,45, com baixa de R$ -0,66 no dia e alta de R$ 1,00 na semana; o contrato de novembro/25 fechou a R$ 66,97, com baixa de R$ -0,31 no dia e alta de R$ 0,38 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
FUNDOS ACREDITAM QUE ACORDO COM INDONÉSIA PODE SER SEGUIDO POR OUTROS (altista)

O milho encerrou o dia ligeiramente em alta em Chicago devido ao hedge feito por grandes fundos de investimento, após a safra de milho atingir as mínimas contratuais. Do lado dos poucos argumentos otimistas, pode estar o acordo entre a Casa Branca e a Indonésia, visto que deu aos investidores alguma esperança de que esses tipos de entendimentos — por qualquer motivo ou simplesmente devido à pressão — se multipliquem antes de 1º de agosto.

EUA-AGRICULTORES ESTÃO RETENDO MILHO (altista)

Por outro lado, as vendas antecipadas dos produtores estão muito baixas e a única maneira de atrair a oferta é por meio do preço. Da mesma forma, o nível atual ainda está longe do esperado pelos agricultores.

INDONÉSIA PODE IMPORTAR MAIS DE 1MT (altista)

Em relação à Indonésia e ao milho, vale destacar que o USDA prevê importações do país do Sudeste Asiático na safra 2025/2026 em 1,10 milhão de toneladas. O potencial ponto negativo dessa notícia é para a Argentina, que, segundo dados do Ministério da Agricultura argentino, exportou 1.004.810 toneladas de grãos secundários para a Indonésia em 2024.

EFEITOS DO ANÚNCIO DE ONTEM DO USA SOBRE AS LAVOURAS (baixista)

Entre os fatores que mantêm o mercado sob pressão, destacou-se o bom estado das lavouras, após o USDA ter afirmado ontem que 74% do milho estava em bom/excelente estado, número que superou os 68% registrados no mesmo período do ano passado e ficou em linha com os 74% previstos por empresas privadas. Isso ocorre quando 34% do milho está em polinização, ante 18% na semana anterior; 39% no mesmo período em 2024; e a média de 33%. E quando 7% das plantas estão no estágio de grão leitoso, ante 3% na semana anterior; os 7% vigentes há um ano; e a média de 5%.

EUA-MAIS CHUVAS PREVISTAS (baixista)

Em linha com as boas condições do milho e com as previsões estendidas para os próximos 6 a 14 dias no Centro-Oeste, prevendo chuvas acima do normal para a temporada, o analista de milho dos EUA, Michael Cordonnier, projetou hoje uma produtividade média de 11423 quilos por hectare para a safra 2025/2026, acima dos 11361 quilos estimados pelo USDA.

BRASIL-MAIOR PRODUÇÃO (baixista)

Cordonnier também elevou sua projeção para a produção de milho 2024/2025 no Brasil, de 132 para 134 milhões de toneladas, ante os 132 milhões de toneladas projetados pelo USDA e os 131,97 milhões de toneladas estimados pela Conab. Ontem, a agência brasileira informou o avanço da colheita de milho safrinha em 41,7% da área apta, ante 27,7% na semana anterior, 74,2% na mesma época em 2024 e a média de 51,1% dos últimos cinco anos.

EUA-250 PEDIDOS DE FALÊNCIA DE AGRICULTORES AMERICANOS DE JAN-MARÇO 2025 (baixista)

Pesquisas recentes da Universidade do Arkansas mostraram que 259 fazendas entraram com pedido de falência nos primeiros três meses de 2025, o maior nível desde 2021. “Já superamos o ano passado em termos de pedidos nacionais”, observou o economista Ryan Loy, da University of Arkansas Extension. “Quando vemos isso em nível nacional, é um sinal claro de que as pressões financeiras que vimos antes, em 2018 e 2019, estão ressurgindo.” Você pode imaginar alguns dos motivos por trás dessa tendência – preços mais baixos das commodities e aumentos nos custos dos insumos, para citar dois.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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