Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 14/10/2025
FECHAMENTOS DO DIA 14/10
Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 0,55% ou $ 2,25 cents/bushel, a $413,00. A cotação para março fechou em alta de 0,47% ou $ 2,00 cents/bushel, a $ 429,25.
ANÁLISE DO MIX
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta terça-feira. Leves ganhos na grande maioria dos contratos, com pequenas perdas nas cotações mais longas. O milho ficou estacionado em uma pequena faixa onde a pressão da colheita aumenta e os produtores se recusam a entregar os grãos por um preço muito barato. A demanda segue aquecida, com inspeções de embarques para exportação, um dos poucos dados que o USDA está divulgando durante a paralização, em 1.129.708 toneladas de milho embarcadas. No comparativo semanal a queda foi de -33,61%, mas o total acumulado no ano comercial está em 64,97% acima do período anterior.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou de forma mista com dólar e Conab
Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta terça-feira. As cotações mais curtas do milho na B3 aproveitaram a alta do dólar e de Chicago para se valorizarem. As cotações mais longas, tiveram uma leve correção, visto estimativa da Conab de um maior estoque de passagem entre as safras futuras.
OS FECHAMENTOS DO DIA 14/10
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,80, apresentando alta de R$ 0,57 no dia e alta de R$ 1,40 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 70,28, com alta de R$ 0,86 no dia e alta de R$ 1,73 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 72,03, com alta de R$ 0,83 no dia e alta de R$ 0,86 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
AGRICULTORES AMERICANOS RELUTAM EM VENDER A ESTES PREÇOS (altista)
Os preços do milho estão sendo negociados em leve alta em Chicago. A recuperação parcial é influenciada pelas compras de hedge por Fundos; pela relutância dos agricultores em entregar seus grãos aos preços atualmente deprimidos; e pelo bom ritmo das exportações americanas, pelo menos antes da paralisação do governo. Vale ressaltar que o USDA não publicou seu relatório semanal de exportação nas últimas duas quintas-feiras.
BOA OFERTA MUNDIAL E TENSÃO COM CHINA (baixista)
Limitando a melhora estão o bom ritmo da colheita nos EUA, que, segundo previsões privadas na ausência de dados oficiais, teria ultrapassado 45% da área adequada; as tensões entre os EUA e a China; e as atuais condições ambientais favoráveis à produção na Argentina, onde estimativas preliminares apontam para uma safra recorde para o milho.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
A inspeção semanal do USDA sobre os embarques americanos foi negativa para o milho, já que a agência registrou embarques que totalizaram 1.129.708 toneladas hoje, abaixo das 1.701.634 toneladas reportadas no relatório anterior e da faixa prevista pelos produtores do setor privado, entre 1,20 e 1,68 milhão de toneladas.
LICITAÇÃO DE TAIWAN
Taiwan lançou uma licitação internacional para comprar até 66 mil toneladas de milho forrageiro de origens opcionais, que se encerra na quarta-feira. O grão deve chegar em abril de 2026. Os Estados Unidos têm boas chances de vencer a licitação, após Taiwan se comprometer recentemente a comprar US$ 10 bilhões em produtos agrícolas americanos.
BRASIL-PLANTIO ADIANTADO (baixista)
Ontem, a Conab divulgou o avanço do primeiro plantio de milho brasileiro para 2025/2026, atingindo 31,2% da área planejada, ante 29,1% na semana anterior; 28,8% na mesma época em 2024; e a média de cinco anos de 30,7%. Em seu relatório mensal de estimativas agrícolas, a agência revisou para cima sua estimativa para o volume de produção de milho 2024/2025, de 139,70 para 141,10 milhões de toneladas, mas manteve sua estimativa de exportação em 40 milhões de toneladas.
BRASIL-DISPONIBILIDADE MAIOR (baixista)
Em relação aos primeiros números oficiais da safra 2025/2026 no Brasil, a Conab estimou hoje a área a ser utilizada com milho em 22,69 milhões de hectares, ante 21,84 milhões de
hectares no ciclo anterior. Devido à menor produtividade esperada, o volume total da colheita foi previsto em 138,60 milhões de toneladas, abaixo dos 141,10 milhões de toneladas mencionados anteriormente. Vale destacar que, em decorrência do forte aumento dos estoques iniciais, estimados em 14,12 milhões de toneladas, ante 1,88 milhão no início da safra 2024/2025, há espaço para aumento das exportações, apesar da previsão de uma safra menor que a anterior. De fato, a Conab projetou as exportações de milho para 2025/2026 em 46,50 milhões de toneladas, um aumento de 16,25% em relação à temporada agrícola anterior.
Fonte: T&F Agroeconômica