Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 13/11/2024
FECHAMENTOS DO DIA 15/11
O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,11%, ou $ 11,00 cents/bushel a $ 998,50. A cotação de janeiro25, fechou em alta de 0,95% ou $ 9,50 cents/bushel a $ 1008,75. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,91 % ou $ 2,6 ton curta a $ 289,6 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 2,05 % ou $ 0,91/libra-peso a $ 44,35.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas a semana em baixa. Após quatro dias em queda, os Fundos de Investimentos aproveitaram os preços mais baixos e recomprou posições em aberto movimento visto também nos outros grãos nesta sexta-feira.
O relatório de moagem de soja de outubro foi positivo para a CBOT, onde a Associação Nacional de Processadores de Sementes Oleaginosas dos Estados Unidos informou o processamento de 5,44 milhões de toneladas, volume recorde que superou as 4,83 milhões de toneladas de setembro, as 5,16 milhões de outubro de 2023 e ficou acima dos 5,36 milhões esperados em média pelo mercado. Essa nova marca desbancou os 5,35 milhões de toneladas de março passado como recorde máximo histórico.
Quanto aos estoques de óleo em 31 de outubro, a entidade reportou 484.890 toneladas, ligeiramente acima das 483.530 toneladas do mês anterior, que foi a marca mais baixa desde novembro de 2014, mas abaixo das 494.416 toneladas calculadas pelas empresas privadas.
O ritmo das vendas externas caiu no comparativo semanal em -23,65%. Embora ainda dentro da expectativa do mercado, a desaceleração das vendas é um sinal de alerta para a soja americana.
Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -3,08% ou $31,75 cents/bushel. O farelo de soja caiu -2,24% ou $ -6,6 ton curta. O óleo de soja perdeu -7,01% ou -3,42 libra-peso no período.
Análise semanal da tendência de preços
Fatores de alta
a) Recuperação dos preços do óleo, diante do retorno da alta do óleo de palma na Malásia, elevando os preços do óleo de soja na esteira.
b) Possibilidade de a China reduzir os incentivos às exportações de óleo de cozinha usado, produto que nos últimos anos começou a ser importado pelos Estados Unidos para a produção de biodiesel, competindo com o óleo de soja americano. Neste caso, aumentaria a demanda por óleo de soja americano. O ministério das finanças da China vai cancelar o desconto de imposto de exportação existente de 13% para óleo de cozinha usado em 1º de dezembro, potencialmente criando ventos contrários para importações pelo mercado dos EUA. As importações de UCO (Used Cooking Oil) dos EUA de janeiro a setembro são um recorde de 3,9 bilhões de dólares, + 98% ano a ano, 55% dos quais são de origem chinesa.
c) Possibilidade de tempo seco no Sul do Brasil: Com base nos mapas de precipitação dos próximos dez dias, o Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul passariam por um período sem precipitações e com altas temperaturas. Esse cenário poderá impactar o desenvolvimento da cultura da soja, principalmente na região Oeste do Paraná, que teve plantios mais precoces. Por outro lado, partes de Mato Grosso, Goiás e Rondônia poderão receber mais de 100 milímetros de chuva durante a próxima semana, com picos específicos de até 200 mm em algumas partes da região.
d) Redução da área sob seca nos EUA: Com a atualização do mapa que monitora a seca nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Mitigação da Seca da Universidade de Nebraska-Lincoln reduziu hoje a área com seca moderada no Centro-Oeste de 59,45 para 55,51%, um dado que superou os 37,07% de ao mesmo tempo em 2023. Com base no novo mapa, o USDA ajustou a área normalmente destinada à soja que sofre algum nível de seca de 63 para 57%, acima dos 42% vigentes há um ano;
e) No Brasil, continua a disputa entre indústrias esmagadoras e exportadores pelo que resta de disponibilidade de soja da safra anterior, uma vez que a próxima só iniciará a ser colhida em fevereiro, no Centro Oeste. A demanda firme e constante de óleo para biodiesel ajuda a manter os preços, embora as sobras maiores de farelo contribuam para reduzir o preço final a ser pago pelo grão.
FATORES DE BAIXA
a) A normalização do plantio no Brasil: Depois das demoras iniciais e do retorno das chuvas desde a segunda quinta de outubro, o plantio de soja no Brasil superou o ritmo de 2023 e, por enquanto, se mantém como fator baixista;
b) Estoques finais Mundiais ainda 17,18% maiores do que os do ano passado e 30,42% maiores do que os de dois anos atrás;
Fonte: T&F Agroeconômica
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