Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 25/07/2025
FECHAMENTOS DO DIA 25/07
O contrato de soja para agosto, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,55%, ou $ -5,50 cents/bushel a $ 998,75. A cotação de setembro fechou em baixa de -0,37% ou $ -3,75 cents/bushel a $ 1002,00. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em baixa de -0,70% ou $ -1,90/ton curta a $ 267,80 e o contrato de óleo de soja para agosto fechou em baixa de -0,32% ou $ -0,18/libra-peso a $ 56,49.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. As cotações da oleaginosa seguem pressionadas pela perspectiva de um clima favorável e uma safra americana robusta. A demanda preocupa, uma vez que os acordos comerciais firmados não necessariamente são vantajosos para o setor agrícola. Neste sentido, a China se manteve ausente do mercado americano, em um período que as compras para a nova safra já estariam sendo negociadas. Com isso as cotações mais curtas estão continuamente testando limites para a linha de suporte dos US$ 10 bushel.
A demanda do óleo de soja segue firme, principalmente no mercado interno americano. No entanto o farelo, produto excedente deste processo sofre sem a vazão para a exportação. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -2,82% ou $ -29,00 cents/bushel. O farelo de soja caiu -2,30% ou $ -6,20 ton curta. O óleo de soja subiu 1,20% ou 0,67 libra-peso no período.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
a) EUA: Com a ausência de seu maior comprador, não há fatores positivos para a soja americana e para as cotações de Chicago a curto prazo. Existe a possibilidade longínqua de um acordo coma China e de que o Brasil não tenha soja suficiente para atender a demanda chinesa total, mas tudo isto ainda não está confirmado.
b) No Brasil, ao contrário, a boa demanda chinesa de exportação está mantendo os preços em elevação, como mostram os dados mensais (+1,55% em Paranaguá, +1,60 no interior) do CEPEA.
FATORES DE BAIXA
a) Continuada ausência da China entre os compradores de grãos da nova safra americana. A reação negativa dos traders ocorre apesar as autoridades americanas continuarem promovendo um acordo iminente com o gigante asiático em meio à atual trégua tarifária entre esses países.
b) China continua se abastecendo no Brasil: Além disso, o exposto contrasta com a fluidez das transações que a China continua fechando no Brasil, a fim de garantir um fornecimento constante de grãos nos próximos meses.
c) Em relação ao clima e às safras, espera-se que o final de julho traga boas chuvas para o Centro-Oeste, onde, além disso, as temperaturas não serão severas para as plantas.
d) Exportações menores: Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de soja americana 2025/2026 para o México, por 142.500 toneladas, mas as exportações semanais, tanto de soja, quanto de farelo, foram menores. No caso da soja, o USDA reportou vendas de soja 2024/2025 de 160.900 toneladas, abaixo das 271.900 toneladas do relatório anterior, mas dentro da faixa estimada pelos traders entre 100.000 e 350.000 toneladas. A Holanda liderou as compras, com 116.800 toneladas. Em relação à temporada 2025/2026, a agência reportou transações que totalizaram 238,8 mil toneladas, abaixo das 529,6 mil toneladas da semana anterior e da faixa estimada por investidores privados, que era de 250 mil a 500 mil toneladas. Destinos desconhecidos lideraram os compradores, com 120 mil toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica