Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 05/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 05/11
O contrato de soja para novembro fechou em alta de 1,04% ou $ 11,50 cents/bushel, a $1119,75. A cotação de janeiro encerrou em alta de 1,16% ou $ 12,75 cents/bushel, a $1134,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 2,33% ou $ 7,4/ton curta, a $ 324,8. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,32% ou $ 0,16/libra-peso, a $ 49,69.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. As cotações da oleaginosa subiram com o apoio da forte alta do farelo de soja neste meio de semana. Uma provável greve na Argentina, grande produtora do subproduto, acendeu o alerta no mercado. A China encomendou mais 20 carregamentos de soja brasileira nos últimos quatro dias. Metade desse grão será embarcado em dezembro, e a outra metade, entre março e julho de 2026. Há relatos de que a China também comprou soja dos EUA recentemente, mas os detalhes exatos são difíceis de confirmar devido à paralisação do governo federal americano.
Neste sentido, alguns analistas estão atentos a faltas de informações especificas sobre as vendas americanas. “O fato é que ainda não recebemos nenhum comentário da China”, afirmou Jim McCormick, diretor de operações da AgMarket.Net. “E, sinceramente, isso é um pouco preocupante.”
A China confirmou que retirará as tarifas retaliatórias dos produtos americanos, mas manterá 10% extras, além dos 3% aplacados a todos. Com estes 13% de tarifas extras e a recente alta de Chicago, a soja americana está cara para os importadores privados chineses. O que justifica a manutenção de uma boa demanda no Brasil.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA AINDA NÃO CONFIRMOU AO NÚMEROS AMERICANOS (baixista)
Os preços da soja estão em alta em Chicago depois que a China esclareceu que, após o encontro presidencial na Coreia do Sul, o país suspenderá algumas das tarifas impostas em retaliação a medidas semelhantes dos EUA a partir de 10 de novembro. No entanto, isso elevará as tarifas sobre importações como a soja para 13%, um nível que atualmente coloca a soja americana em desvantagem devido à queda de preço no Brasil após o acordo entre Trump e Xi Jinping. Enquanto isso, as autoridades chinesas ainda não confirmaram os volumes de comércio de soja anunciados pela Casa Branca (12 MT neste ano comercial e 25 MT nos próximos 3 anos). Apesar de tudo isso, o mercado — ou melhor, os especuladores — continua acreditando.
CHINA COMPRA MAIS SOJA BRASILEIRA E NADA DOS EUA (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
A jornalista Karen Braun, da Reuters, divulgou nesta quarta-feira que o Brasil vendeu ontem mais soja para a China, dia 4 de novembro, mas não especificou os detalhes, citando fonte do mercado, que também disseram que será pouco provável que a China compre mais soja americana, porque o Brasil é mais barato, neste momento.
ALTA DO FARELO POR POSSIBILIDADE DE GREVE NA ARGENTINA (altista)
A recente melhora nos preços da soja também foi impulsionada por um aumento significativo no preço do farelo de soja (o contrato de dezembro subiu US$ 8,16, fechando a US$ 358,03 por tonelada). Esse aumento foi parcialmente atribuído à possibilidade muito real de uma paralisação por tempo indeterminado no complexo de esmagamento da Argentina, após o fim da conciliação obrigatória e a falta de acordo na disputa salarial com as empresas do setor. “Se não houver acordo hoje, uma greve é muito provável amanhã”, disse Gustavo Idígoras, presidente da Ciara, à Cadena 3.
MAIS UMA CONSULTORIA ESTIMA SAFRA AMERICANA MENOR (altista)
Antes da divulgação do relatório mensal de estimativas agrícolas do USDA, que foi anunciado para sexta-feira, 14 de outubro — o relatório de outubro não foi publicado —, a consultoria S&P Global Commodity Insights manteve sua estimativa de produtividade média de soja nos EUA em 3.564 kg/hectare e projetou o volume da colheita em 115,94 milhões de toneladas. Ambos os valores são inferiores à previsão do USDA para setembro, de 3.598 kg/hectare e 117,05 milhões de toneladas, respectivamente.
BRASIL-CENTRO-OESTE-CHUVAS GENERALISADAS (baixista)
No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas significativas para o restante da semana nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, com acumulados que podem ultrapassar 100 milímetros em diversas áreas e atingir picos de até 200 mm. “Chuvas generalizadas são esperadas na região Centro-Oeste. Em Goiás, os acumulados podem ultrapassar 150 mm, enquanto em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, são previstas pancadas de chuva frequentes e maior umidade, permanecendo em torno de 50% ou mais ao longo da semana”, indicou o órgão.
BRASIL-SUL-CHUVAS E GRANIZO DESTROEM LAVOURAS (altista)
No Brasil, nos últimos 5 dias houve fortes chuvas, ventos e queda de granizo que destruíram lavouras nos três estados do Sul, que já estavam com um palmo de altura, tendo que ser replantadas. Hoje foi anunciado um novo sistema frontal deve chegar a partir de amanhã, trazendo chuvas fortes entre os dias 6 e 7, com acumulados de 100 a 150 mm no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Fonte: T&F Agroeconômica




