Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 11/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 11/08

Soja fechou em alta de 2,48% ou US$ 24,00 cents/bushel, a US$ 991,75. A cotação de novembro encerrou em alta de 2,41% ou US$ 23,75 cents/bushel, a US$ 1.011,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em alta de 1,52% ou US$ 4,20/ton curta, a US$ 280,80. O contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 0,91% ou US$ 0,48/libra-peso, a US$ 53,19.

ANÁLISE DA ALTA

“Vamos rever aquele clássico termo de marketing: “Compre no boato, venda no fato”. Isso nem sempre acontece, mas os preços dos ativos podem subir antes de um evento ou anúncio positivo. Posteriormente, os preços podem cair à medida que os traders garantem lucros. Houve um grande evento de “compre no boato” hoje, depois que o presidente Trump publicou o seguinte nas redes sociais: “A China está preocupada com a escassez de soja. Nossos grandes agricultores produzem a soja mais robusta. Espero que a China quadruplique rapidamente seus pedidos de soja”. Se isso realmente acontecerá ou não, era irrelevante nos mercados de grãos hoje, com o comentário elevando os preços em quase 2,5%.” Ben Potter, analista americano. A sessão noturna da soja abriu em forte queda.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
MENSAGEM DE TRUMP (altista)

Após fechar a sexta-feira pela terceira semana consecutiva em baixa, a soja teve uma recuperação significativa em Chicago hoje, impulsionada por uma mensagem de Trump na rede social Truth, na qual ele expressou seu desejo/exigência de que a China “quadruplique rapidamente seus pedidos de soja”, visto que, na visão do presidente, isso “reduzirá substancialmente seu déficit comercial com os EUA”.

NOVA TRÉGUA de 90 dias (altista)

Vale lembrar que amanhã expira a trégua entre os dois países e o que todos esperam: uma nova trégua tarifária de 90 dias, já decidida. E embora o governo chinês não tenha feito referência à mensagem de Trump, o mercado sustentou a recuperação dos preços, com investidores comprando barganhas antes do relatório mensal do USDA, a ser publicado amanhã, e em meio a previsões que não preveem chuvas significativas para o Centro-Oeste nos próximos dias.

ATÉ AGORA A CHINA NÃO COMPROU NADA, FATO INÉDITO (altista)

O fato concreto sobre o tópico de hoje é que, até o momento, a China não comprou — pelo menos não nominalmente — um único quilo de soja americana 2025/2026, um evento sem precedentes nos últimos 20 anos. Nem mesmo durante a guerra comercial anterior aconteceu algo semelhante. No ano comercial que se encerra no final do mês, a China comprou quase 22 milhões de toneladas de soja dos EUA. Pensar em quadruplicar esse volume é simplesmente excentricidade de Trump e praticamente inviável.

SINAIS EXAGERADOS (altistas)

“Houve muitos sinais de que a China está disposta a abandonar completamente a soja dos EUA este ano, incluindo a reserva daqueles embarques experimentais de farelo de soja da Argentina”, disse Even Rogers Pay, analista agrícola da Trivium China, à Reuters. Essa afirmação também é um exagero. A demanda chinesa certamente aparecerá no mercado americano, embora por um volume que, no máximo, se aproxime do adquirido na temporada anterior.

EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)

Também do lado otimista estava o relatório semanal sobre as inspeções de embarques dos EUA, referente ao período de 1 a 7 de agosto. O USDA reportou hoje embarques de soja totalizando 518.066 toneladas, abaixo das 628.110 toneladas reportadas no relatório anterior, mas acima da faixa prevista pelos produtores do setor privado, que era de 200.000 a 500.000 toneladas.

EUA-ESTÁGIO DAS LAVOURAS DE SOJA

O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que o plantio da soja está encerrado e 100% emergido para a temporada 25/26. As plantas em floração representam 91% da área semeada, ante 85% da semana passada, 90% do ano anterior e 92% da média histórica. As plantas criando vagem está em 71%, ante 58% da semana passada, 70% do ano passado e 72% da média histórica.

EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE SOJA

O USDA informou uma piora na qualidade das lavouras americanas. 68% das lavouras de soja estão em condições boas/excelentes condições, ante 69% da semana passada e 68% do ano anterior. 25% em condições regulares, ante 24% da semana anterior e 24% do ano passado. 7% classificados como pobres/muito pobres, ante 6% da semana passada e 8% do ano anterior.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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