Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 16/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 16/09

O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,67% ou $ 7,00 cents/bushel, a $1.049,75. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,73% ou $ 7,50 cents/bushel, a $1.069,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,21% ou $ 0,60/ton curta, a $ 285,80. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,80% ou $ 0,93/libra-peso, a $ 52,69.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. O mercado agrícola de forma geral buscou uma proteção das commodities, antes das decisões sobre a taxa de juros nos EUA. A soja costuma ter uma relação mais direta com o mercado financeiro. A expectativa de um possível acordo comercial com a China e a especulação sobre a realocação de mandatos de biocombustíveis nos EUA também contribuíram para a alta.

O esmagamento para a produção de óleo de soja foi o destaque do dia anterior para o complexo da oleaginosa. O começo da colheita de soja e uma leve piora na qualidade das lavouras, podem trazer, em breve, pistas se o mercado ou o USDA estão corretos sobre suas projeções. No caso da soja a diferença é menor que a do milho, mas os operadores têm feito leituras opostas ao departamento oficial americano, que recentemente sofreu cortes de pessoal.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
CBOT-MOTIVOS DA ALTA (altistas)

Enquanto a Casa Branca prevê um corte de juros no próximo anúncio do Federal Reserve (Fed), a soja está sendo negociada em alta no pregão diário de Chicago. Entre os motivos para a melhora estão a deterioração das condições das safras americanas, conforme relatado pelo USDA; os números positivos do relatório mensal da NOPA de ontem, que mostrou um resultado esmagador para agosto acima das previsões dos traders e um volume de óleo em estoque abaixo das estimativas privadas, atingindo o menor nível em oito meses; a previsão de fortes chuvas nos próximos dias em áreas onde a colheita deve progredir; e a chance de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China após a comunicação que os presidentes dos dois países farão na sexta-feira, onde o diálogo deverá ir além do TikTok…

CHANCE DE ACORDO COM CHINA? (altista para CBOT, baixista para o Brasil)

Este último fator é reforçado hoje pelas declarações do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o principal negociador comercial nomeado pela Casa Branca. “As negociações têm se tornado cada vez mais produtivas. Acho que os chineses agora percebem que um acordo comercial é possível”, disse o funcionário à CNBC. Vale ressaltar que ambos os países estão em uma segunda trégua tarifária, que expira em novembro. Bessent também afirmou que os EUA não imporão tarifas adicionais contra a China pela compra de petróleo russo, a menos que a União Europeia o faça primeiro.

EUA-situação das lavouras (altista)

Em relação às lavouras, em seu primeiro levantamento da safra de 2025, o USDA relatou ontem um progresso de 5% da área plantada, em comparação com 6% no mesmo período em 2024; a média de 3% para o período 2020/2024 e os 5% previstos por traders. Além disso, o USDA ajustou a proporção de soja em boas/excelentes condições de 64% para 63%, ficando abaixo da previsão de 64% para o mesmo período em 2024, mas em linha com a previsão de 63% por traders privados. Os dois principais estados produtores de soja, Illinois e Iowa, tiveram seus níveis de condição das plantas reduzidos de 54% para 50% e de 76% para 75%, em comparação com 72% e 77% no mesmo período em 2024, respectivamente.

BRASIL-MOAGEM MAIOR (altista)

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou o volume de moagem de soja em 2025 de 58,10 para 58,50 milhões de toneladas em seu relatório mensal divulgado hoje, o que implica um crescimento de 5% no processamento em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo aumento da demanda por óleo para abastecer a indústria de biodiesel, após o Brasil aumentar a mistura de combustíveis fósseis com biodiesel de 14% para 15%. “O avanço do B15 reforça o papel do biodiesel como um dos principais impulsionadores da cadeia e consolida o produto como o biocombustível mais eficiente e sustentável disponível no mundo”, afirmou Daniel Furlan Amaral, Diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, em comunicado. A entidade brasileira manteve a safra, fechada há meses, em 170,3 milhões de toneladas e os números de exportação de grãos in natura em 109,5 milhões de toneladas; de farelo em 23,6 milhões de toneladas; e de óleo em 1,35 milhão de toneladas.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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