Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 27/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 27/08
O contrato de soja para setembro, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de 0,12% ou $ -1,50 cents/bushel, a $ 1.027,50. A cotação de novembro encerrou em baixa de 0,19% ou $ -2,00 cents/bushel, a $ 1.047,50. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em baixa de 1,38% ou $ -4,10/ton curta, a $ 293,10. O contrato de óleo de soja para setembro fechou em baixa de 0,55% ou $ -0,29/libra-peso, a $ 52,47.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. As cotações da oleaginosa foram pressionadas ausência de grandes compras da China, enquanto o mercado espera com atenção negociações entre os EUA e a China, marcadas para esta quinta e sexta. Desentendimentos comerciais recentes secaram as exportações de soja dos EUA para a China.
Mas será que a China pode depender exclusivamente do Brasil a longo prazo? Matthew Kruse, presidente da Commstock Investments, não acredita. “Não acredito na narrativa de que a China não precisa dos grãos dos EUA”, diz ele. “Eles não querem comprar tudo do Brasil.” Disse Kruse em um painel agrícola nesta quarta-feira nos EUA. As tarifas americanas sobre as exportações chinesas, com uma reação de 10% da China, durante a prorrogação das negociações, é o limitador no momento.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-SECA PODE ALTERAR A PRODUTIVIDADE (altista)
A queda foi limitada pelo tempo seco que prevaleceu em quase todo o cinturão soja/milho, que deve persistir até o início da próxima semana e pode prejudicar as condições das lavouras ainda em estágios de desenvolvimento, o que pode modificar suas expectativas de produtividade.
QUEDA DO ÓLEO DE SOJA-DUAS RAZÕES (baixistas)
A pressão exercida pelo óleo de soja, que volta a cair devido à possibilidade de os EUA eliminarem tarifas sobre as importações de óleo de palma da Indonésia e em meio à incerteza sobre o impacto das isenções concedidas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) a pequenas refinarias para isentá-las do corte obrigatório, além da falta de demanda chinesa no mercado de soja americano.
CHINA ESTENDE COMPRAS SUL-AMERICANAS (baixista para CBOT, altista para Basil e Argentina)
Outro lado, também em baixa está a concorrência do fornecimento sul-americano, que parece estar se estendendo além do prazo habitual devido ao interesse da China em garantir um fluxo tranquilo de mercadorias daquela região, cujo epicentro continua sendo o Brasil.
Fonte: T&F Agroeconômica