O mercado de futuros do milho em Chicago fechou em nova queda de 3,75 cents/bushel nesta quarta-feira, com setembro a $ 346,0 (349,75). Dados do Censo divulgados na quarta-feira mostraram exportações de milho de julho em 2,882 MMT (113,47 MBU). Esse foi o menor total para o mês desde 2013 (menos da metade do ano passado) e 6,8% menor do que junho.
Embarques de DDG totalizaram 834.515 MT, 24,33% menores do que julho/2018 com menor esmagamento e maior uso doméstico vs. preços elevados de milho. Exportações de etanol foram o segundo maior de sempre para julho em 120.130.000 galões. Na segunda-feira, USDA indicou que a condição de milho melhorou em 1% para 58% bom/ex. Apenas 6% está maduro e seguro contra geada vs. 13% em média.
O relatório mensal de esmagamento de grãos do USDA mostrou 450,78 MBU de milho usado para etanol em julho. Isso foi 1,2% abaixo de junho e 6,34% abaixo do ano anterior.
Fechamento negativo em todos os meses em São Paulo
As cotações do milho no mercado futuro de São Paulo fecharam a sessão desta quarta-feira com todos os meses em queda. O contrato de setembro fechou em queda de 0,34%; novembro em queda de 0,47%; janeiro em queda de 0,60%; março em queda de 0,99%, maio em queda de 0,92% e julho e setembro fecharam inalterados.
A forte queda do dólar, somada à queda das cotações de Chicago enfraqueceram pelo menos a curto prazo, a posição dos exportadores, afastando a disputa com os compradores do mercado doméstico, que puderam relaxar e cotar preços menores. Começa a se fazer sentir com mais força a pressão dos altos estoques do milho brasileiro na temporada 2018/19, suficientes para mais de 3 meses de consumo interno, mesmo com exportações elevadas.
Mas, a médio e longo prazos, tudo pode mudar se o volume de exportações do milho brasileiro também se elevar acima da estimativa atual de embarques de 37 MT, na esteira dos problemas nos EUA e da Argentina.
Fonte: T&F Agroeconômica