FECHAMENTOS: O contrato de soja para julho22 fechou em leve alta de 0,37% ou 6,25 cents/bushel para $ 1689,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta, de 0,35%, ou $ 5,25 cents/bushel a $ 1513,25. O contrato de farelo de soja para julho fechou em queda de 0,51%, ou $ 2,1/ton curta a $ 412,7 e o contrato de óleo de soja fechou em alta de 0,39% ou $ 0,30/libra-peso a $ 78,22.
CAUSAS DA ALTA DE HOJE: Em um dia volátil, a oleaginosa conseguiu fechar com ganhos sustentados por compras de oportunidade e dados otimistas em relação à demanda externa. O USDA anunciou vendas para a China de 132.000 toneladas. O plantio nos EUA cobre 66% da área, um progresso ligeiramente inferior ao esperado (67%).
SITUAÇÃO DA SOJA AMERICANA: O NASS informou que 66% dos campos de soja foram plantados até 29/5. Isso está dentro de 1% do ritmo médio de plantio de 5 anos e aumentou 16% pontos semana/semana. O plantio em MN avançou de 32% finalizado na semana passada para 55% finalizado, mas ainda abaixo da média de 80%. O ND segue o ritmo médio de 70% com apenas 1/4 da área plantada em 29/5. A emergência da soja nacionalmente foi de 39% em comparação com a média de 5 anos de 43% para a semana 22.
PREVISÃO DE ESMAGAMENTO EUA: Analistas pesquisados esperam que o USDA relate o esmagamento de soja de abril em 4,91 MT no relatório de gorduras e óleos de hoje. A estimativa média comercial para os estoques de óleo de soja é de 2,316 bilhões de libras.
EXPORTAÇÕES BRASIL: A Anec informou que 10,73 MT de soja deixaram o Brasil em maio, em comparação com 11,278 MT embarcados em maio de 21. As exportações de farelo foram relatadas como 1,854 MT em comparação com 1,9 MT no ano passado.
CHINA PODERÁ IMPORTAR MAIS SOJA: A reabertura de diversos setores na China pode trazer mais demanda por soja importada. As vendas de farelo na China aceleraram nas últimas duas semanas, saindo de 1,8 milhão de toneladas em abril para mais de 5 milhões em maio. O mês de maio será o mais forte em vendas desde janeiro de 2020. Muitas crushers na China estão travando margens para 2023 a partir da soja do Brasil.
Os basis do farelo estão positivos para maio a setembro de 2023, enquanto que os basis da soja no CFN estão com desconto de 100-140 centavos por bushel em relação ao spot. A Sinograin precisa repor a soja que está vendendo em seus leilões. Por lei isso deve ser feito em até três meses. A Sino deve colocar 4 milhões à disposição, podendo estender para mais 2 milhões.
CHINA OLHA O BRASIL: A China continua olhando soja no Brasil para 2023 e para embarques mais curtos. Poucos negócios reportados nessa semana. No Brasil negócios reportados no FOB para julho e agosto. O farm selling travou essa semana com a queda no câmbio e CBOT. As indústrias no Brasil estão olhando soja para agosto e setembro e as tradings ainda para julho. Hoje quem paga melhor é o exportador em função do inverso da curva dos futuros na CBOT.
A soja brasileira é mais barata em relação à americana CFR China em torno de 15 centavos por bushel para julho e agosto. Muitas tradings estão encerrando os programas da soja. Se os chineses não correrem terão muita dificuldade em encontrar volumes de soja no Brasil e nos EUA até a entrada da safra no Hemisfério Norte. No Brasil, provavelmente ainda haverá oferta de soja nos portos do nordeste, em Santa Catarina e no RS, mas em menor quantidade.
SUINOCULTURA NA CHINA: A suinocultura na China está mudando rápido. Fazenda pequenas representavam 80% da produção nacional há 5 anos, caindo para 30% esse ano, segundo dados do Ministério. Já as TOP 10 representavam apenas 10% da produção, saltando para 50% agora. A Muyuan, maior empresa produtora, está otimista com o mercado para o 2o semestre. A empresa deve aumentar em 40% o abate de animais para esse ano.
Fonte: T&F Agroeconômica