O gênero Choristoneura (Lepidoptera: Tortricidae) inclui diversas espécies que são conhecidas como pragas destrutivas relevantes para a silvicultura e agricultura. Foi descrito pela primeira vez em 1859. A biogeografia e diversidade do gênero ainda não haviam sido estudadas em profundidade mas, pelo impacto que esses insetos causam em outros países, o gênero é categorizado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento como Praga Quarentenária Ausente para o Brasil.
As espécies do gênero Choristoneura são desfolhadoras durante sua fase larval e, em alguns casos, podem causar grandes impactos econômicos. As larvas têm capacidade de se dispersarem por balonismo, ou seja, lançam fios de seda que auxiliam em suas flutuações nas correntes de ar e que as carregam por longas distâncias.
A maioria dos organismos deste grupo são univoltinos (uma geração por ano), mas existem alguns que são bivoltinos (duas gerações por ano). Geralmente as fêmeas colocam os ovos agrupados nas folhas e durante o inverno as larvas permanecem abrigadas em um hibernáculo de seda.
A pupação ocorre nos galhos e folhas das plantas hospedeiras. As principais portas-de-entrada dessas pragas são materiais vegetais infectados (planta inteira, ramos, frutos, madeira com casca). Atualmente, são reconhecidas mais de 40 espécies válidas, com base em morfologia e análises moleculares.
Como, até onde se saiba, o gênero Choristoneura não está presente no Brasil, essas descrições são importantes para serem utilizadas no intuito de especificar e aumentar a eficácia da vigilância e até mesmo para subsidiar a categorização da praga visto que nem todas as espécies representam risco significativo para o país.
Fonte: Defesa Vegetal