As plantas daninhas da Família Asteraceae possuem distribuição cosmopolita, ou seja, estão presentes no mundo todo.

Esta família está representada por 1.600 gêneros e 23.000 espécies. No Brasil, temos aproximadamente 2.000 espécies desta família, representando 300 gêneros.

São plantas comuns em várias culturas anuais, perenes, pastos, beira de estradas e terrenos baldios.

O porte destas plantas vão desde o herbáceo, lianescente, subarbustivo, arbustivo a arbóreo.

Algumas são muito vigorosas e possuem alta capacidade de reprodução assexual por meio de rizomas, como a artemisia.

Outras produzem muitas sementes, como a erva-de-botão, que chega a produzir 17 mil sementes em uma planta.

Algumas plantas daninhas são prejudiciais não apenas por competir por água nutrientes, espaço e luz, mas por atrapalhar a colheita e depreciar a qualidade do produto, como as espécies picão-preto, carrapicho-de-carneiro e carrapichão em lavouras de algodão.

As espécies picão-preto, erva-de-botão e picão-branco são hospedeiras do nematoide-das-galhas (Meloidogyne).

E algumas espécies merecem atenção devido a serem muito tóxicas para bovinos ou prejudicarem a pastagem como: vassourinha, casadinha, vassourinha-verde, mata-pasto, alecrim-do-campo e mio-mio.

Figura 1: Vassourinha (esquerda) e mata-pasto (direita).

Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.

Apresentam caules eretos ou prostrados, folhas alternas ou opostas, podendo formar uma roseta.

Uma importante características desta família é a inflorescência do tipo capítulo, flores tubulosas.

Formam frutos do tipo aquênio, geralmente com alguma estrutura de dispersão pelo vento ou aderidos as roupas do homem e pelos dos animais. 

As principais espécies pertencentes a esta família são:

  1. Sonchus oleraceus (serralha);
  2. Sonchus oleraceus (serralha);
  3. Sonchus oleraceus (serralha);
  4. Sonchus oleraceus (serralha);
  • Bidens pilosa e B. subalternans (picão-preto);Taraxacum officinale (dente-de-leão);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Parthenium hysterophorus (losna-branca);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Eclipta prostrata (erva-de-botão);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Galinsoga parviflora (picão-branco);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Ageratum conyzoides (mentrasto);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Conyza bonariensis, C. canadensis e C. sumatrensis (buva);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Acanthospermum australe (carrapicho-rasteiro);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Acanthospermum hispidum (carrapicho-de-carneiro);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Ambrosia artemisiifolia (ambrosia-americana);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Blainvillea dichotoma (erva-palha);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Erechtites hieraciifolius (caruru-amargoso);
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Gamochaeta coarctata (macela);
  • Tridax procumbens (erva-de-touro)
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.
  • Xanthium strumarium (carrapichão)
Fonte: Manual de Identificação de Plantas Infestantes.

Casos de resistência a herbicidas na Família Asteraceae

No Brasil temos 14 casos de biótipos de plantas daninhas resistentes nesta família, referente a 6 espécies: 

 

  • Bidens pilosa;
  • Bidens subalternans;
  • Conyza bonariensis;
  • Conyza canadensis;
  • Conyza sumatrensis;
  • Ageratum conyzoides.

Fonte: Heap (2019).

Conclusão

No texto de hoje vimos sobre as plantas daninhas pertencentes à Família Asteraceae.

Entendemos melhor sobre as principais características das plantas daninhas desta família e os casos de resistência no Brasil.

O conhecimento da biologia das espécies de plantas daninhas nos auxilia na tomada de decisão, somente identificando corretamente as espécies é que poderemos selecionar o melhor método de controle.



Referências utilizadas neste texto:

Aspectos da biologia e manejo das plantas daninhas / organizado por Patrícia Andrea Monquero – São Carlos: RiMa Editora, 2014.


Gostou do texto? Tem mais dicas sobre os classificação das plantas daninhas? Adoraria ver o seu comentário abaixo!

Sobre a Autora: Ana Ligia Girardeli é Engenheira Agrônoma formada na UFSCar. Mestra em Agricultura e Ambiente (UFSCar) e Doutora em Fitotecnia (USP/ESALQ). Atualmente está cursando MBA em Agronegócios.

 



 

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