Durante a segunda quinzena de outubro, grande parte do Oceano Pacífico Equatorial manteve o resfriamento dos últimos meses, porém com uma área mais ampla e mais fria, abrangendo quase toda a faixa equatorial, como pode ser observado no mapa de anomalias de temperatura da superfície de mar (TSM).

Os registros diários da TSM no Oceano Pacífico Equatorial, nos últimos meses, mostraram uma sequência de vários dias com decréscimo da temperatura, atingindo e persistindo em um patamar de desvios negativos perto de -1,5 °C, como pode ser observado no gráfico diário de anomalia de TSM na área 3.4 de El Niño/La Niña (entre 170°W-120°W). Com as condições térmicas no Pacífico Equatorial com anomalias negativas de mais de um grau no último mês, é seguro afirmar que temos um fenômeno La Niña estabelecido, e mais intenso que no mês anterior.

Considera-se que o Oceano Pacífico Equatorial está na fase neutra quando as anomalias médias de TSM estão entre -0,5 °C e +0,5 °C. Também no Atlântico, a formação de um Dipolo negativo – ou seja, o Atlântico Tropical Sul (entre as latitudes 0° e 20°S) mais quente que o Norte (entre as latitudes 5° e 25°N) – poderá deslocar a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) mais para o Sul, favorecendo o período de chuvas no norte das Regiões Norte e Nordeste no primeiro semestre. Isso, contudo, dependerá da intensidade do Dipolo e de sua manutenção com sinal negativo ao longo dos primeiros meses do ano.

O gráfico com a média dos modelos de previsão de El Niño/La Niña apresenta probabilidades entre 80% e 90% de continuidade do fenômeno La Niña até o trimestre janeiro-fevereiro-março. Há significativa chance de que o fenômeno atinja a categoria de intensidade moderada.

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO NOVEMBRO & DEZEMBRO/2020 E JANEIRO/2021


Para a Região Sul, as previsões climáticas indicam que o trimestre deve ficar com chuvas próximas ou abaixo da média climatológica. O início do trimestre deve apresentar forte irregularidade na precipitação, resultando em volumes abaixo da média, principalmente no Rio Grande do Sul.

Para a Região do Matopiba, a previsão climática indica irregularidade espacial e temporal na distribuição das chuvas. Porém, os desvios em relação à média do período não devem ser muito elevados, prevalecendo totais dentro da faixa normal do trimestre. As previsões climáticas indicam irregularidade espacial na distribuição das chuvas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, com maior probabilidade de acumulado dentro da faixa normal ou abaixa da média trimestral em Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, centro–sul de Goiás e oeste mineiro. Nas demais localidades dessas regiões há probabilidade de chuva dentro da faixa normal ou acima. Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do sítio do Inmet.Fonte: CONAB

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