Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em baixa pela terceira vez seguida. O clima favorável ao desempenho das lavouras americanas, as incertezas sobre a política tarifária do presidente Donald Trump e ajustes de carteiras frente o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pressionaram as cotações.
As previsões climáticas indicam condições favoráveis às lavouras americanas, encaminhando uma safra cheia. Essa boa produção encontra um mercado superofertado, diante da boa safra sul-americana.
As incertezas em torno das tarifas americanas seguem trazendo aversão ao risco. Os analistas temem por possíveis retaliações e queda na demanda por produtos agrícolas dos Estados Unidos.
O USDA deverá indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26. Os estoques, no entanto, devem ser revisados para cima. Os dados para oferta e demanda americana e mundial serão divulgados na sexta, 11, às 13h.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,331 bilhões de bushels, contra 4,340 bilhões previstos em junho.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 304 milhões de bushels para 2025/26, contra 295 milhões projetados em junho. Para 2024/25, a aposta é de um aumento, passando dos 350 milhões indicados em junho para 358 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 124,3 milhões de toneladas. Em junho, o número ficou em 124,2 milhões. Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,5 milhões de toneladas, contra 125,3 milhões projetados em junho.
O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,4 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser aumentada de 49 milhões para 49,2 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 12,25 centavos de dólar ou 1,19% a US$ 10,09 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,07 1/4 por bushel, perda de 10,25 centavos ou 1,00%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com baixa de US$ 1,30, ou 0,48%, a US$ 269,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 53,29 centavos de dólar, com perda de 0,82 centavo ou 1,51%.
Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News