O mercado brasileiro de milho registrou um cenário de movimentação travada na comercialização ao longo de outubro. Segundo a Safras Consultoria, em vários momentos os produtores tentaram especular preços mais altos. Eles reduziram as fixações de oferta para venda levando em conta o clima, o comportamento de preços no mercado internacional e a movimentação do dólar.

A tentativa de barganhar melhores cotações, contudo, não surtiu grande efeito por conta da procura bastante modesta pelo cereal por parte dos consumidores. Estes adquiriram lotes apenas para atender as necessidades mais urgentes de demanda.

O retorno das chuvas em boa parte do Brasil ofereceu condições de desenvolvimento em áreas com plantio mais acelerado, como na Região Sul, bem como o andamento do cultivo nas demais áreas. Isso fez com que os movimentos de alta nos preços perdessem força. Assim, o mês de outubro vai fechando com poucas oscilações das cotações no cenário doméstico.

No cenário internacional, o ambiente especulativo também prevaleceu em outubro. Com a colheita de uma grande safra norte-americana, seria natural que houvesse pressão nas cotações de milho. Mas, com a paralisação do governo estadunidense, a não divulgação de relatórios importantes sobre colheita, produção e vendas semanais de milho norte-americano contribuíram para um quadro de valorização nos preços.

Além disso, o tão esperado encontro entre Estados Unidos e China visando uma retomada comercial finalmente aconteceu. Isso gera expectativas, de agora em diante, em torno de perspectiva de retomada na demanda pelo cereal norte-americano. Assim, essa conjuntura de fatores poderá contribuir para mudanças no cenário de milho ao longo de novembro.

Preços internos

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 63,77 no dia 30 de outubro, alta de 0,38% frente aos R$ 63,54 registrados no fechamento de setembro. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 61,00, inalterado frente ao final do mês passado.

Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 68,00, avanço de 0,74% frente aos R$ 67,50 praticados no fim de setembro. Na região da Mogiana paulista, o cereal aumentou 6,45% ao longo do mês, de R$ 62,00 para R$ 66,00.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca foi cotada a R$ 61,00, queda de 1,61% ante os R$ 62,00 registrados no fim de setembro. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 72,00, sem mudanças frente ao encerramento do mês passado.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca se manteve em R$ 63,00 ao longo do mês. Já em Rio Verde, Goiás, a saca foi cotada em R$ 58,00, sem mudanças frente ao valor praticado no fim de setembro.

Exportações

O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 5,779 milhões de toneladas de milho em outubro, conforme levantamento de Safras & Mercado.

Desse total previsto, 5,387 milhões de toneladas foram embarcadas e 391,920 mil toneladas ainda estão previstas para serem exportadas.

Para novembro, o line-up prevê embarques de 4,754 milhões de toneladas de milho. Já para dezembro estão projetadas exportações de 68 mil toneladas do cereal

Entre fevereiro/25 e janeiro/26, o line-up sinaliza embarques acumulados de 31,675 milhões de toneladas do cereal.

Fonte: Arno Baasch / Safras News



 

FONTE

Autor:Arno Baasch/ Safras News

Site: Safras & Mercado

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