A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quinta (30), de seminário sobre Coordenação de Bioinsumos e Novas Tecnologias, realizado na Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro).
Letícia Fonseca, assessora técnica da CNA, fez uma exposição sobre o tema “Panorama do mercado brasileiro de controle biológico: macroorganismos, competitividade e ações no campo”, e destacou o papel do Sistema CNA/Senar na defesa do produtor rural, com foco no aumento da renda, redução de custos e segurança jurídica.
Ela também apontou caminhos para ampliar o uso de bioinsumos, especialmente dos macroorganismos, como inimigos naturais, polinizadores e insetos estéreis, cuja participação ainda é pequena em relação aos microbiológicos.
Segundo Letícia, com uma rede de assistência técnica presente em mais de 470 mil propriedades rurais e mais de 4,5 milhões de participantes em treinamentos presenciais nos últimos cinco anos, a CNA contribui para levar conhecimento técnico e práticas sustentáveis para o campo, como o uso seguro e eficiente de bioinsumos.
Nos últimos anos, lembrou a assessora técnica, o mercado de controle biológico no Brasil apresentou um crescimento expressivo, impulsionado pela ampliação dos registros de produtos.
“Essa expansão abrange microrganismos, macroorganismos e substâncias bioativas que resultam em maior número de soluções registradas e com eficiência fitossanitária comprovada, sem impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana”, explicou.
Dentro da temática do evento, Letícia ressaltou que a produção de macroorganismos depende de biofábricas especializadas para criação e manutenção das gerações de insetos e exige, também, plantas hospedeiras ou alimentação artificial.
A CNA defendeu que o marco regulatório dos bioinsumos (Lei 15.070/24), seja regulamentado de forma a fomentar a pesquisa, criar um cenário de segurança jurídica para empresas e produtores e, assim, acelerar a adoção dessas tecnologias no campo.
Segundo Letícia, a competitividade do controle biológico depende da integração entre tecnologia, escala e capacitação, pilares que podem ser fortalecidos a partir dessa regulamentação.
“Somos uma agricultura extremamente desenvolvida, com manejo importante em todas as suas formas, mas a título de exemplo, é um grande dissenso ainda dependermos do pano de batida. O monitoramento de pragas, e tecnologias para tal, como o uso de fenômenos de monitoramento é tão essencial quanto o controle de acordo com o nível de dano econômico”, afirmou.
Durante a palestra, a assessora técnica enfatizou a importância do manejo integrado de pragas (MIP), no qual os biológicos atuam de forma complementar a outras tecnologias, o que reduz os custos por ciclo, risco de resistência e perdas produtivas.
Letícia reforçou a maturidade da agricultura brasileira e a necessidade de avançar na diversificação dos métodos de controle.
Fonte: CNA




