Rio grande do Sul: A colheita de milho segue sendo executada de forma mais lenta e escalonada, em comparação aos outros cultivos de verão. A área colhida evoluiu de 88% para 89%, principalmente em lavouras de maior escala no Nordeste do Estado. Nas regiões minifundiárias, a operação evoluiu pouco, condicionada ao uso do cereal para consumo interno das propriedades.
As lavouras tardias (4%) apresentam bom potencial produtivo, favorecido pela ocorrência de chuvas nos estádios críticos de desenvolvimento e por temperaturas amenas, que têm permitido maior acúmulo de fotoassimilados.
Paralelamente, os produtores se organizam para o plantio da Safra 2025/2026, realizando a semeadura de cobertura vegetal, especialmente nabo forrageiro, visando à posterior dessecação. Na aquisição de sementes, há preferência por cultivares precoces e com tolerância à cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), estratégia alinhada a condições de mercado mais favoráveis e ao manejo fitossanitário preventivo.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições de tempo seco têm favorecido a perda gradual de umidade dos grãos nas lavouras em fase de maturação fisiológica, possibilitando o início das operações de colheita. Em Caçapava do Sul, a colheita foi iniciada especialmente em pequenas propriedades com baixo nível tecnológico, as quais
sofreram severos impactos da estiagem, ocorrida nos meses de janeiro e março. A produtividade média estimada nessas áreas é de apenas 1.200 kg/ha, reflexo das limitações hídricas durante os estágios críticos de florescimento e enchimento de grãos. Em Alegrete, estão sendo colhidas as lavouras de semeadura tardia, implantadas a partir de dezembro.
Na de Caxias do Sul, a colheita está próxima da finalização nos principais polos produtores, como em Muitos Capões e Vacaria. Já nas regiões da Serra e Hortênsias, onde predominam áreas menores e de cultivo mais diversificado, os trabalhos seguem em ritmo mais lento e escalonado, e a finalização deve ocorrer em julho, conforme o padrão histórico da região.
Na de Ijuí, a colheita está praticamente concluída. As lavouras remanescentes (1%) correspondem principalmente ao segundo cultivo, caracterizado por plantas de menor porte
e espigas reduzidas, porém com bom enchimento de grãos, indicando adequada translocação de fotoassimilados durante o período reprodutivo. Em relação ao aspecto fitossanitário, observa-se incidência de cigarrinha-do-milho, cujos danos incluem sintomas de enfezamento, além de casos pontuais de acamamento de plantas, possivelmente relacionados a fatores, como ventos fortes, deficiência de lignificação e pressão biótica.
Na de Pelotas, 1% está em desenvolvimento vegetativo; 4% em florescimento; 23% em enchimento de grãos; e 21% em maturação. A colheita atinge 51%. As produtividades variam entre 3.500 e 6.000 kg/ha, com média regional de 4.200 kg/ha.
Na de Santa Rosa, 1% está em floração, 7% em enchimento de grãos, 1% em maturação e 92% colhidas. Na de Soledade, estão em colheita as lavouras de semeadura tardia. Quanto às fases fenológicas, 1% está em desenvolvimento vegetativo; 1% em florescimento; 17% em enchimento de grãos; 12% em maturação fisiológica; 2% prontas para colheita; e 67% colhidas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,76%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,76 para R$ 68,24.
Fonte: Emater/RS