A colheita vem sendo finalizada em nível estadual, restando apenas 3% da área estimada. Lavouras a serem colhidas são aquelas implantadas em janeiro, após colheita da soja precoce ou do milho, que apresentam potencial produtivo muito inferior ao esperado inicialmente.
Da área da cultura na região Noroeste (Missões e Fronteira Noroeste), já se encontram colhidas 95% das lavouras implantadas; resta ainda 1% em fase de enchimento de grãos e 4% em maturação. A produtividade nessas áreas supera a expectativa inicial e apresenta um incremento de 5%, chegando a cerca de 3,3 toneladas por hectare.
A colheita está concluída na maioria das propriedades, restando apenas a soja safrinha. Em áreas de safrinha, a alta incidência de ferrugem asiática tem comprometido a produtividade, reacendendo a discussão sobre a conveniência do plantio fora de época e a
necessidade da adoção do vazio sanitário.
Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, as lavouras estão em ritmo final de colheita, restando apenas as áreas implantadas após colheita da soja precoce ou milho, demonstrando baixo potencial produtivo. Há preocupação entre os produtores com a queda
gradativa do preço do produto, reprimindo as vendas.
Na região Central, nos últimos dias a colheita praticamente não avançou, pois foram muitos dias de chuva. A colheita atinge 94% da área colhida na região. A expectativa atual de produtividade média é de três mil quilos por hectare.
Na Zona Sul, prossegue a colheita, restando ainda 22% da área em fase de maturação. No Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, a colheita está concluída. No Vale do Rio Pardo, segue a operação de colheita que atinge índices superiores a 98%; os municípios com maiores áreas por colher são Encruzilhada do Sul, Rio Pardo e Pantano Grande.
No Alto Uruguai, está praticamente encerrada a colheita dessa leguminosa. Na Fronteira Oeste e Campanha, a colheita avança para o final em todas as regiões, com áreas colhidas nos municípios de Alegrete (80%), Bagé (86%), Caçapava (90%), Candiota (90%), Dom Pedrito (89%), Hulha Negra (65%), Itacurubi (90%), Itaqui (90%), Lavras do Sul (80%), Maçambará (100%), Manoel Viana (95%), Quaraí (100%), Rosário do Sul (92%), Santa Margarida do Sul (92%), Santana do Livramento (90%), São Borja (90%), São Gabriel (88%) e Uruguaiana (100%).
Mercado (saca de 60 quilos)
Preço da commodity no RS em queda novamente, com 3,16% abaixo do valor médio da semana anterior. Assim, a rentabilidade das lavouras este ano está 21,07% menor do que a do ano passado, uma vez que nesta mesma data, em 2018, o preço da soja estava R$ 81,67/sc.
A rentabilidade atual está 26,23% aquém da média geral histórica. Essa tendência de valores baixos é fator que causa grande preocupação, em razão da redução dos ganhos econômicos da lavoura.
Fonte: Emater/RS