De maneira geral considera-se até o fim de fevereiro como o período ideal de semeadura do milho segunda safra em Mato Grosso.
Com isso, até o dia 28 de fevereiro de 2020 foram semeadas 91,96% das áreas esperadas para a cultura no estado, valor 3,75 p.p. maior em relação à média das últimas cinco safras e 3,89 p.p. menor em relação à safra passada.
Desse modo, pode-se dizer que o produtor rural fez sua parte até o momento, pois planejou e se estruturou para conseguir colher rapidamente a soja e semear o milho, mesmo com o calendário apertado desta época, quando chove muito no estado.
Assim, as expectativas são boas, principalmente devido à tecnologia e investimentos feitos pelo produtor nesta safra, o qual buscou cultivar mais área do nos que anos anteriores, incentivado pelos bons preços do cereal dos últimos meses e pelas estimativas de manutenção desses valores durante o ano.
Confira os principais destaques do boletim:
• Com temores quanto à futura demanda pelas commodities, o contrato corrente CME-Group apresentou queda de 2,66% na semana, cotado a US$ 3,69/bu.
• Com o avanço do coronavírus fora da China, o preço de paridade de exportação (jul/20) caiu 5,39% e encerrou a semana com média de R$ 23,64/sc.
• O dólar apresentou alta de 2,31% e fechou a semana cotado a R$ 4,47/US$, com temores quanto ao futuro da economia mundial após o avanço do coronavírus no mundo.
• Após queda na bolsa de chicago e aumento nas cotações internas do milho, o indicador Base MT – CME, apresentou alta de 47,13% e finalizou a semana com uma diferença média de -R$0,40/sc.
Vai Chover?
Com 91,96% do milho semeado no estado, o produtor já programou o manejo de insumos agrícolas a ser feito nas próximas semanas, porém as condições climáticas podem modificar este calendário.
Assim, espera-se que em março as chuvas fiquem acima dos 200 mm nas principais regiões produtivas (TempoCampo – base nos municípios ao lado), o que resulta em média acima de 6,45 mm/dia de precipitação, o suficiente para o bom desenvolvimento da cultura.
Já em abril as previsões variam muito de região para região e, apesar de ser cedo para esta estimativa, a falta de umidade pode prejudicar a fase reprodutiva do milho.
Deve-se considerar que em ambos os casos a regularidade das chuvas é tão importante quanto o volume delas, porém muito difícil de prever e, por isso, salienta-se a importância do acompanhamento periódico das previsões, que, além de possibilitar o planejamento do produtor, pode consolidar uma super-safra em Mato Grosso ou não.
Fonte: Imea