O manejo de plantas daninhas integra um conjunto de práticas indispensáveis para a obtenção de altas produtividades, contudo a complexidade desse manejo o torna cada vez mais difícil, sendo necessárias alternativas que possibilitem um controle eficiente. Dentro das variáveis que integram a complexidade desse manejo, a resistência de plantas daninhas se destaca, preocupando produtores e técnicos do setor.

Mas você sabe qual a situação atual da resistência de plantas daninhas no Brasil e no mundo?

Em vídeo, a Professora Dr. Ana Ligia Giraldeli aborda o tema, trazendo informações atualizadas sobre o assunto. A professora destaca que em escala global, conforme dados obtidos de HEAP (2020), atualmente são observados 512 casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas, compreendendo 262 espécies sendo dessas 152 dicotiledôneas e 110 monocotiledôneas; e apresenta um gráfico obtido de HEAP (2020) onde é possível visualizar a evolução dos casos de resistência a nível mundial.

Figura 1. Evolução da resistência de plantas daninhas ao longo do tempo a nível mundial.

Foto: PLANTAS DANINHAS DO AGRO.

Segunda Ana Ligia, o maior incremento dos casos de resistência é observado nos herbicidas que atuam como inibidores de ALS, seguidos pelas Triazinas, inibidores de ACCase e Glycinas (pertencente ao grupo químico do glyphosate).

Veja também: Impacto econômico da resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil.

Ana Ligia ainda chama atenção para a distribuição geográfica das espécies resistentes, sendo que dessas, 50 biótipos são encontrados no Brasil e destaca que a maior parte dos casos de resistência foram encontrados nas culturas do trigo, milho, arroz e soja respectivamente.

Figura 2. Distribuição geográfica dos biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas a nível global.

Foto: PLANTAS DANINHAS DO AGRO.

Dentre os herbicidas com maiores casos de resistência, a professora aponta atrasine, o glyphosate e o imazethapyr como o primeiro, segundo e terceiro herbicidas com mais casos resistência respectivamente. O fato preocupa, uma vez que a Atrasine é amplamente utilizada no cultivo de milho e o glyphosate é o herbicida mais utilizado no cultivo da soja com a tecnologia RR.



Além disso, ADEGAS (2020) destaca que no cenário atual, plantas daninhas comumente encontradas nas lavouras brasileira apresentam resistência isolada e múltipla ao glifosato, fato que dificulta o manejo das plantas daninhas e requer cautela quanto a utilização do produto.

Figura 1. Plantas daninhas com resistência Isolado (simples) e múltipla a Herbicidas.

Fonte: Fernando Adegas, Embrapa Radar da Tecnologia Soja (2020).

Dentre as plantas daninhas com resistência, se destacam a conhecida Buva e o Azevém, plantas daninhas de difícil controle especialmente nas regiões Sul do Brasil.

Confira o vídeo abaixo com as Dicas da Professora Dr. Ana Ligia.


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Referências:

ADEGAS, F. PALESTRA ONLINE – PLANTAS DANINHAS RESISTENTES: SUTUAÇÃO ATUAL E MANEJO. Embrapa – Radar da Tecnologia Soja. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=-HPHU1wHWfE>, acesso em: 02/07/2020.

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