As cotações dos subprodutos do algodão em Mato Grosso estão em constante valorização. Na semana passada, os valores avançaram 2,27%, 3,89% e 2,02% para o caroço, torta e óleo, finalizando a um valor médio de R$ 1.180,03/t, R$ 1.175,78/t e R$ 5.107,93/t, respectivamente.

Embora os preços tenham ultrapassado a marca de R$ 1.000/t, a comercialização do caroço ainda segue atrasada 5,97 p.p. em relação à safra passada. Além disso, o recorde do valor do caroço tem limitado as novas negociações e deixado o comprador retraído.

Por fim, é importante destacar que a maior parte da produção dos subprodutos do algodão em Mato Grosso é destinada à composição da proteína utilizada na dieta animal e com a valorização dos insumos pecuários — principalmente o farelo de soja, os preços do caroço e da torta ainda são mais competitivos em relação ao principal concorrente.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT recuou 1,69% em relação à semana passada, ficando cotado a um preço médio de R$ 121,83/@, devido à maior disponibilidade da pluma no mercado spot.

• As cotações na Bolsa de Nova York (ICE) finalizaram a semana com valorizações de 0,72% e 0,85% para os contratos de dez/20 e jul/21, ficando cotadas a US$ 69,71/lp e US$ 73,41/lp, respectivamente.



• Com a valorização na Bolsa de NY de jul/21, a paridade de exportação para o contrato dez/20 avançou 0,68%, ficando cotada a R$ 118,22/@.

• A relação frete/pluma recuou nesta semana, desta vez, ficou em torno de 3,33%, cerca de 0,16p.p. menor que na semana passada.

Projeção da semeadura:

O atraso na semeadura da soja em MT tende a afetar o algodão 2ª safra, devido ao ciclo do algodoeiro ser mais longo que o do milho — “exigindo” que a cultura seja semeada até final de janeiro. Assim, considerando a estimativa atual de área para o algodão e de colheita da soja, a projeção da curva de semeadura da fibra mostra que menos de 50% das áreas poderão estar semeadas até o fim de janeiro.

Tal cenário poderá influenciar alguns produtores a deixarem de cultivar o algodão, devido à probabilidade de redução na produtividade. Com os altos custos da cultura, o produtor tende a não correr tanto risco – ainda mais com o milho valorizado.

Porém, é importante destacar que algumas regiões do estado terão que ressemear a soja, o que pode dar lugar ao algodão safra, principalmente os produtores que já negociaram boa parte da safra 20/21 e terão que produzir mesmo com os riscos apontados, podendo modificar a curva de plantio.

Fonte: Imea

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