Para uma melhor análise dos números do custo de produção agrícola em Mato Grosso, o Instituto utiliza dois tipos de indicadores de custo. O primeiro é o mensal, que representa o valor do custo no mês de referência e, com ele conseguimos observar e avaliar melhor a inflação no preço dos insumos, que por sua vez é um valor mais volátil.
O segundo é o valor médio ponderado, que apresenta a ponderação de acordo com o volume comercializado de insumos no decorrer da safra, valor menos volátil, que visa obter um custo mais próximo do que realmente ocorreu na safra.
Desse modo, com a reformulação da metodologia do custo, no ano passado, foi decidido que o preço médio mensal que era o publicado naquele momento, desse lugar ao preço médio ponderado.
No entanto, como forma de aumentar as informações de todos os agentes do agronegócio para uma melhor tomada de decisão, o Instituto volta a divulgar o custo mensal, além de continuar divulgando o custo ponderado.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Subindo: o preço médio do milho disponível em MT apresentou um leve aumento de 0,76% em relação à semana passada. Assim, o indicador Imea ficou em média R$ 79,13/sc.
- Alta: as cotações da moeda norteamericana registraram alta de 2,03% no comparativo semanal. Com isso, o dólar atingiu o preço médio de US$ 5,35.
- Queda: a diferença entre as cotações do milho em Chicago e MT diminui 4,59% na semana passada. Desse modo, o diferencial de base ficou a uma média de R$ 9,04/sc.
A relação de troca para a safra 21/22 do milho em MT apresentou alta diante do cenário de demanda aquecida pelos insumos agrícolas.
De acordo com o relatório divulgado pelo Imea, o custo de produção para o milho de alta tecnologia da safra 21/22 apresentou a sétima alta consecutiva em julho de 2021.
Os principais fatores para este cenário estão ligados à valorização do dólar e a demanda aquecida pelos insumos, isso impactou diretamente na elevação de 1,15% no custeio em relação a junho, impulsionada, principalmente, pelas despesas com fertilizantes e corretivos, com destaque para os macronutrientes +1,70%.
Sendo assim, levando em consideração os fatores acima, é visto que a relação de troca entre os macronutrientes (20.00.20, ureia) voltou a atingir nova alta no último mês, uma vez que a valorização destes fertilizantes, atrelados a estabilidade do preço médio comercializado do milho 21/22 em jul/21, contribuiu para que o produtor matogrossense precisasse usar mais sacas de milho para adquirir a tonelada do fertilizante.
Fonte: IMEA