O mês de setembro é marcado pelo início dos trabalhos de colheita do milho nos EUA, sendo sazonal ocorrer a redução dos preços do grão norte-americano devido à maior oferta. Assim, foi observado que as cotações na CME retraíram 5,91% em set.21 ante a ago.21 e ficaram cotadas até a última semana (24/09/21) em média de R$ 65,90/sc.

No mesmo sentido, os preços do milho em MT, segundo o indicador do Imea, apresentaram uma leve retração para o mesmo período e registraram R$ 71,39/sc. É importante salientar que os preços no estado em ago.21 atingiram elevados patamares, pautados principalmente pela forte demanda estadual (indústria de etanol e setor animal).

Sendo assim, de acordo com os cenários citados, até a última semana os preços em MT estavam R$ 5,49/sc acima das cotações do grão na CME-Group na média semanal, contra R$ 0,39/sc visto no mesmo período do ano passado, ficando mais próximos aos patamares históricos para o período.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Elevando: o preço médio do milho disponível em MT apresentou aumento de 2,22% em relação à semana passada. Assim, o indicador Imea ficou cotado na média de R$ 71,39/sc.
  • Subindo: as cotações do cereal na CMEGroup corrente subiram 1,17% no comparativo semanal. Com isso, o preço médio do milho norte-americano ficou em US$ 5,24/bu.
  • Queda: as cotações do milho na B3 apresentaram uma leve queda de 1,48% ante a semana passada. Com isso, o preço médio do grão ficou na média de R$ 92,02/sc.

A quebra da safra do milho brasileiro, aliada à retirada da alíquota para importação do produto, impulsionou a entrada do cereal no país.

Com isso, o acumulado de jan a ago-21 foi de 1,22 milhão de t, segundo maior volume da série histórica da Secex para o período. O país teve como principal fornecedor em 2021 o Paraguai, que sozinho representou 71,92% das importações até agosto – cerca de 882 mil t – devido ao menor custo logístico.

Além disso MT, o maior produtor nacional, registrou a entrada de 8 t de milho no acumulado até ago-21, valor considerado pequeno quando comparado à produção estadual.

No entanto, o número chama a atenção por ser a primeira compra do estado após quatro anos sem aquisições de milho originados de outros países, sendo pautado, pelo preço no exterior estar 2,77% abaixo do registrado em MT no período.

Assim, como historicamente os volumes importados no último quadrimestre do ano são maiores que nos primeiros, o país caminha para níveis recordes de importações, podendo atingir 2 milhões de t.

Fonte: IMEA

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