A nível vegetal, os nutrientes requeridos pelas plantas são convencionalmente divididos em macronutrientes e micronutrientes em função da quantidade demandada. De modo geral, pode-se dizer que os macronutrientes, são aqueles requeridos em maiores quantidades, enquanto os micronutrientes são aqueles requeridos em menores quantidades.  Entretanto, cabe destacar que fisiologicamente, ambos desempenham funções vitais para a planta, independentemente da quantidade requerida pela cultura.

Além de apresentar relação direta com a fisiologia e metabolismo vegetal, a boa nutrição de plantas é essencial para a obtenção de altas produtividades, podendo o déficit nutricional ser considerado um dos principais fatores limitantes da produtividade de uma cultura. A nível celular, cada nutriente desempenha funções essenciais para o metabolismo vegetal, logo, a deficiência nutricional pode resultar em sintomas visuais na planta, característicos da carência de dado nutriente, de acordo com a função por ele desempenhada na planta.

Embora a diagnose das condições nutricionais do solo possa ser realizar por meio da interpretação da análise química da fertilidade do solo, em algumas situações, características fisiológicas podem expressar determinadas respostas vegetais, servindo como ferramenta auxiliar de manejo da nutrição vegetal. Os denominados sintomas de deficiências nutricionais, normalmente são expressos nas folhas da planta, apresentando características e particularidades que permitem a diagnose do estado nutricional da planta.



Cabe destacar que quando os sintomas se tornam aparentes, normalmente a planta já apresenta severa deficiência de dado nutriente, podendo em algumas situações já ter seu desempenho comprometido. Além disso, visando uma melhor identificação das deficiências nutricionais, é necessário conhecer a mobilidade dos nutrientes na planta, a fim de descartar algumas hipóteses na diagnose visual.

Deficiências de Nitrogênio, Fósforo, Potássio e Magnésio, são observadas nas folhas mais velhas da planta em função da maior mobilidade desses nutrientes, já sintomas de deficiência de nutrientes com baixa mobilidade, a exemplo do Molibdênio, Manganês, Cálcio, Boro, Ferro, Zinco, Enxofre e Cobre, normalmente são observados nas folhas jovens da planta.


Veja mais: Mobilidade de nutrientes – Onde aparecem os sintomas de deficiência?


Entretanto, nem todo sintoma visual expresso pela planta pode ser resultado de deficiências nutricionais. Conforme destacado por Sfredo & Borkert (2004), antes de fazer a diagnose do estado nutricional da planta, é imprescindível observar algumas informações para distinguir os sintomas nutricionais de outras possíveis causas, como incidência de pragas ou doenças, distribuição das plantas com sintomas na lavoura, simetria dos sintomas, idade fisiológica da planta, condições climáticas, entre outros.

Descartada a hipótese de outras causas, cabe analisar os sintomas visuais da planta, levando em consideração a mobilidade e características nutricionais. Cabe destacar que a diagnose visual de uma deficiência nutricional é uma tarefa minuciosa, que requer atenção. Ainda que a planta possa expressar os sintomas de deficiência nutricional, a fim de definir os níveis nutricionais para recomendação da adubação, aconselha-se a realização da analise foliar da cultura.

Confira abaixo os principais sintomas visuais das deficiências nutricionais em soja.

Figura 1. Sintomas visuais de deficiências nutricionais (diagnose visual).

Referências:

SFREDO, G. J.; BORKERT, C. M. DEFICIÊNCIAS E TOXICIDADE DE NUTRIENTES EM PLANTAS DE SOJA.: DESCRIÇÃO DOS SINTOMAS E ILUSTRAÇÃO COM FOTOS. Embrapa, Documentos, n. 231, 2004. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/63305/1/Documentos-231.pdf >, acesso em: 18/08/2022.

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