O mercado brasileiro de soja teve mais uma semana de preços batendo em patamares históricos e de boa movimentação. O câmbio segue sendo o principal motivador para a comercialização, permanecendo acima de R$ 5,80 e se aproximando, durante a semana, da casa de R$ 6,00.
Com isso os preços nos portos voltaram a subir, com a saca de 60 quilos atingindo R$ 116,00 em Rio Grande e R$ 114,50 em Paranaguá. A movimentação, em sua maioria, envolve negócios a partir de agosto e com interesse se estendendo para 2021.
A semana foi marcada ainda pelo primeiro relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com dados de oferta e demanda mundial e americana para 2021.
O relatório de maio indicou que a safra dos Estados Unidos de soja deverá ficar em 4,125 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,26 milhões de toneladas. Este foi o primeiro número para a temporada. O mercado apostava em previsão de 4,120 bilhões ou 112,13 milhões.
Os estoques finais estão estimados em 405 milhões de bushels ou 11,022 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 452 milhões ou 12,3 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,13 bilhões de bushels e exportação de 2,05 bilhões.
A produção 2019/20 está estimada em 3,557 bilhões de bushels. Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 580 milhões de bushels, enquanto o mercado apostava em 501 milhões. O esmagamento está estimado em 2,125 bilhões e as exportações em 1,675 bilhões de bushels.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 362,76 milhões de toneladas. Esta foi a primeira estimativa para a temporada.
Os estoques finais estão estimados em 98,39 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 104 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 112,26 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 131 milhões de toneladas. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas. A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 96 milhões de toneladas.
Para 2019/20, o USDA indicou safra de 336,11 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 100,27 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 100,1 milhões. A safra brasileira teve sua estimativa reduzida de 124,5 milhões para 124 milhões de toneladas. O mercado previa número de 123 milhões.
A safra argentina foi cortada de 52 milhões para 51 milhões de toneladas, dentro do esperado pelo mercado. As importações chinesas foram estimadas em 92 milhões de toneladas.
Fonte: Agência SAFRAS