Segundo a Conab, até o dia 21/04, 81,50% das lavouras brasileiras de algodão estavam em processo de formação das maçãs e 12,60% em processo de maturação. No que tange a MT, de acordo com o Imea, 90,10% das áreas foram semeadas dentro da janela ideal, cenário que, somado às condições climáticas favoráveis, contribuiu para o desenvolvimento da cultura.
No entanto, na fase fenológica que o algodão se encontra, as atenções se voltam para as precipitações, uma vez que o grande volume de chuvas registrado nas últimas semanas comprometeu o andamento dos tratos culturais, além de que o maior índice de umidade, neste momento, pode intensificar a incidência de pragas, além de causar a podridão do baixeiro, refletindo na produtividade final.
Por fim, as previsões do NOAA afirmam que o volume de chuva diminuirá nas próximas semanas, o que tende a favorecer o manejo da cultura.
RETRAÇÃO: devido ao atual cenário macroeconômico desfavorável, o contrato de jul/24 na bolsa de NY exibiu recuo de 1,58% no comparativo semanal.
BAIXA: o preço da paridade de exportação de jul/24 reduziu 3,67% ante a semana passada, reflexo, principalmente, da desvalorização do contrato de jul/24 na bolsa de NY.
DESVALORIZAÇÃO: a cotação do dólar corrente futuro exibiu retração de 1,54% no comparativo semanal, e fechou a semana na média de R$ 5,15/US$.
Em Mato Grosso, o preço do caroço de algodão disponível recuou 0,68% em relação à semana passada e ficou cotado a R$ 667,35/t
Essa queda foi motivada, principalmente, pela demanda enfraquecida pelo produto no estado. Além disso, a disparidade de preços entre vendedores e compradores também contribuiu para o cenário de redução. Já com a movimentação da cotação do óleo de algodão foi o oposto, pois apresentou acréscimo de 0,17% no comparativo semanal, precificada a R$ 3.782,86/t.
Esse incremento foi impulsionado pela maior procura pelo óleo no estado, reflexo do aumento na demanda oriunda das indústrias de biodiesel. No entanto, é importante destacar que, apesar da alta semanal, o preço do óleo de algodão disponível ainda é 17,54% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
Por fim, com a expectativa de maior oferta de algodão na safra 2023/24 e a aproximação da colheita, a curto prazo, não existem fatores que indiquem uma expressiva valorização nos preços dos subprodutos no estado.
Fonte: IMEA