A área cultivada de milho no Estado é de 810.380 hectares. A produtividade está estimada em 4.440 kg/ha, representando redução de 39,49% em relação à projeção inicial.
Houve prosseguimento na colheita, mas em ritmo mais lento no período, pois a atenção dos produtores e parte da logística estavam envolvidas com a mesma operação na cultura de soja. O índice alcançou 74%, e estão em maturação 10% dos cultivos.
Os resultados permaneceram variáveis, conforme a irregularidade na distribuição de chuvas durante os meses de verão, mas, de forma geral, são satisfatórios apenas no Quadrante Nordeste do Estado.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a produtividade é de 6.781 kg/ha, com redução de 13,85% em comparação à avaliação inicial. A falta de chuvas, nos últimos 15 dias, pouco afetou as lavouras, pois a maior parte está finalizando a fase de enchimento de grãos ou de maturação. Áreas pouco representativas estão em floração e em fase inicial de enchimento de grãos. A colheita avançou e se aproxima de 20% da área cultivada. Embora haja grande desuniformidade quanto ao rendimento nas diversas localidades, é muito boa a qualidade dos grãos, que estão sadios e bem formados.
Na de Frederico Westphalen, a produtividade está estimada em 3.993 kg/ha, consistindo em 50,54% de perdas da projeção inicial. A colheita evoluiu apenas 2% e alcançou 92% da área. Em 5% das áreas, os grãos estão maduros; 2%, em desenvolvimento vegetativo; e em floração, 1%.
Na de Ijuí, a produtividade estimada é de 5.150 kg/ha, ou seja, redução de 44,05% na inicialmente estimada. A colheita foi interrompida na região, e ainda restam por colher 3% das lavouras em razão do direcionamento das estruturas de recebimento e armazenamento de grãos para receber a cultura da soja.
Na de Lajeado, a colheita alcançou 60%. Há um retardo em relação ao ano anterior, principalmente em função das temperaturas noturnas mais baixas no início do período vegetativo, atrasando o ciclo de desenvolvimento. Nas áreas onde os produtores realizaram a semeadura mais cedo, ainda no início do período indicado pelo ZARC, não houve redução significativa na produtividade projetada. Já nas semeadas mais tarde, as perdas foram bastante significativas, com uma estimativa de progressão nas perdas de 600 kg/ha para cada semana de atraso na semeadura.
Na de Passo Fundo, a produtividade é estimada em 5.824 kg/ha, representando uma redução de 37,18% da projeção inicial. Cerca de 70% dos cultivos foram colhidos, e 30% estão em maduros e por colher.
Na de Pelotas, a produtividade estimada é de 2.326 kg/ha, representando redução de 53,47% em relação à expectativa inicial. Os produtores, nas regiões coloniais, prosseguiram com a colheita escalonada, conforme necessidade de suprimento das propriedades. Estão em fase de enchimento de grãos 41% das lavouras; em floração são 20%; em desenvolvimento vegetativo, 9%; em maturação, 11%; e colhidas, 19%. As chuvas entre 12 e 18/03 foram muito variáveis e pontuais, beneficiando parte das lavouras, principalmente as semeadas em janeiro e fevereiro.
Na de Santa Rosa, a produtividade está estimada em 4.928 kg/ha, indicando redução de 40,26% na comparação com a estimativa projetada. A colheita permaneceu na proporção de 87% dos cultivos. Restam 10% em fase de desenvolvimento vegetativo e 3% em floração/pendoamento. As condições climáticas permanecem adversas ao desenvolvimento principalmente das lavouras que iniciaram o período reprodutivo com a emissão de pendão, pois é o período mais crítico para garantir a produção elevada. Nos municípios onde as chuvas foram irregulares ou em volumes diminutos, as plantas apresentam sinais de estresse hídrico, assim como porte aquém do desejado.
Na de Soledade, a produtividade é estimada em 3.290 kg/ha, consistindo em redução de 35,48% na projetada. As lavouras cuja semeadura foi efetuada entre agosto e meados de novembro estão com a colheita próxima ao final. Entre as implantadas em sucessão a outros cultivos de verão, parte está em desenvolvimento vegetativo, e houve aumento da proporção de lavouras em fase reprodutiva. No geral, 65% das lavouras foram colhidas; 3% estão maduras; 8% em enchimento de grãos; 8% em florescimento; e 16% em desenvolvimento vegetativo. A insuficiência de chuvas foi atenuada, mas ainda seguem as situações de estresse hídrico, que podem prejudicar os cultivos mais recentes.
Comercialização (saca de 60 quilos)
De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, a cotação média do milho apresentou redução de -0,79%, passando de R$ 82,00/sc. para R$ 81,35/sc.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1755- Emater/RS