É no solo que tudo começa. Não é raro ouvir essa frase, quando se trata de agricultura, e é por isso a importância de práticas de conservação de solo quando se busca boas produções e produtividades. Nesse momento de transição entre culturas de verão e de inverno, o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater/RS-Ascar, Rafael Goulart Machado, ressalta que começar com uma correta análise de solo é o primeiro passo para a implantação de uma nova cultura.
“Após a colheita da cultura da soja, muitos agricultores passam a planejar as lavouras de inverno, como a aveia, a cevada e o trigo. Para muitos é o momento de se fazer uma boa amostragem de solo, respeitando a malha de amostragem preconizada no sistema plantio direto, bem como o número mínimo de subamostras preconizado, o qual não deve ser inferior a dez, sempre coletadas em ziguezague, compondo uma amostra por gleba homogênea”, explica.
Machado destaca que, apesar de as culturas de inverno serem menos exigentes que a cultura da soja em relação ao fósforo ao potássio, essas adubações também devem ser planejadas. “O fósforo e o potássio não devem apenas “entrar na carona” dos teores remanescentes da cultura da soja”, indica, visando o não empobrecimento do solo.
Em resumo, o engenheiro agrônomo alerta para uma realização de coleta de solo bem feita, a emissão de laudos de análise de solos em laboratórios confiáveis e reforça que os técnicos da Emater/RS-Ascar estão aptos a emitirem recomendações de adubação para as culturas de inverno, com base na análise dos laudos. “Devido à necessidade de vencermos todas essas etapas, o ideal seria o produtor dar o primeiro passo, com a coleta das amostras ao menos um mês antes da aplicação do adubo no solo, para evitar de ter que ficar correndo contra o tempo” recomenda Machado.
Fonte: Emater/RS