O mercado brasileiro de arroz não estancou sua escalada, mesmo com a decisão do Governo Federal de retirar a TEC para a importação de 400 mil toneladas do cereal em casca e beneficiado até o final do ano.

No Rio Grande do Sul, referência para os preços nacionais, a saca de 50 quilos tinha média de R$ 105,15 no dia 10 de setembro, ante R$ 101,60 por saca no dia 3 de agosto. Em 30 dias, a alta acumulada era de 71,25%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a elevação chegava a 132,91%.

Na temporada 2019/20, entre março até agosto, o Brasil havia exportado 664 mil toneladas de arroz base casca e importado 586 mil toneladas. “Agora, na 2020/21, entre março e agosto, foram exportadas 1,311 milhão de toneladas e a importação é de 440 mil toneladas”, relata o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana.

O saldo da balança comercial agora é de 871 mil toneladas positivas. “Ou seja, tendo entrado na temporada 2020/21 com estoques de passagens muito curtos, o país deverá importar um volume próximo destas 871 mil toneladas durante o resto da temporada”, pondera Viana.

Segundo o analista, com a retirada da TEC, a importação deve ser incentivada, ainda que os preços internacionais e o dólar mantenham o arroz caro. “A entrada do produto no país deve, ao menos, estabilizar um pouco os preços, ainda que em patamares elevados”, prevê. “Os produtores nacionais, que estão segurando os seus estoques de arroz, à espera de preços mais altos, podem começar a liberar parte deles ao ver algum crescimento da oferta no país”, completa.

Fonte: Agência SAFRAS

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