Mesmo sendo um dos maiores produtores e exportadores de milho a nível mundial, o Brasil, principalmente a região sul do país, ainda importa o cereal. No primeiro quadrimestre de 2021 foram importadas 758,13 mil t do grão, avanço de 68,06% ante ao mesmo período do ano passado (jan-abr).
Os maiores volumes de importação acontecem, geralmente, no período de entressafra, meses que a oferta é mais limitada no país. Esse ano, à queda na produção na região sul do país e as exportações aquecidas, limitaram ainda mais a disponibilidade do grão no mercado interno.
Diante desse cenário, as importações dos países do Mercosul ficaram favorecidas, tendo em vista a proximidade com o sul do país e os preços competitivos, quando comparado aos do mercado interno. Por fim, caso a projeção de produção no Brasil se confirme, a tendência é que as importações se mantenham aquecidas até a próxima temporada.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O indicador Imea-MT seguiu a tendência do mercado internacional e apresentou elevação de 2,52% em relação à semana passada. Assim, o preço médio do milho disponível ficou em R$ 79,99/sc.
• Devido, principalmente, às condições climáticas na América do Sul, o contrato corrente na CME-Group apresentou aumento de 7,37% ante a semana passada e fechou o preço médio semanal em US$ 7,53/bu.
• Após grandes altas as cotações do milho na B3 recuaram e registraram queda de 1,47% na semana. Assim, o preço do cereal ficou cotado na média semanal a R$ 102,76/sc.
• As praças de MT e Chicago continuam se distanciando e alcançaram os R$ 14,89/sc na última semana, após as cotações do cereal no mercado internacional seguirem alta.
Comercialização MT:
O Imea atualizou as estimativas para a comercialização das safras de milho 20/21 e 21/22 em Mato Grosso. Para safra 20/21 do milho, foi observado um tímido avanço nas negociações. As vendas da safra exibiram elevação de 1,75 p.p. no comparativo mensal, totalizando 73,80% da produção comprometida.
O maior destaque para temporada 20/21 ficou com a elevação de 12,45% nos preços praticados em abril-21, apresentando média mensal de R$ 67,50/sc. Esse baixo volume negociado, se justifica devido à comercialização antecipada em Mato Grosso e as incertezas provocadas pelas condições climáticas no estado, que vem trazendo dúvidas sobre a produção final e cautela na realização de novos negócios.
Em relação ao milho 21/22, os avanços foram de 2,10 p.p. e atingiram 15,95% da produção comercializada, com preço médio de R$ 56,08/sc. Com isso, a safra 21/22 segue atrasada em relação a 20/21 que no mesmo período já contava com 29,47% da produção negociada.
Fonte: IMEA