Em jun.22, a comercialização da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso avançou 4,63 p.p. ante o mês anterior e totalizou 68,20% comercializados da produção estimada para a temporada.

Esse avanço se deu em função do maior volume de milho no mercado físico, devido à colheita avançada do cereal, em relação a safra passada, no último mês no estado e a necessidade de dar vazão ao milho devido à falta de armazéns, uma vez que Mato Grosso possui um grande déficit de armazenagem de grãos.

Desse modo, apesar de a comercialização ter evoluído um pouco mais que o observado no mês de jun.22, as vendas do cereal continuam atrasadas em 15.00 p.p. no comparativo com o mesmo período da safra 2020/21.

No que tange aos preços, a média comercializada no estado em jun.22 foi de R$ 61,48/sc, 5,33% a menos que no mês anterior, puxado principalmente pela maior oferta do cereal e a queda nas cotações do milho corrente na CME Group em jul.22.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Preço em MT: em função da demanda crescente para exportações no período, o preço do milho disponível em Mato Grosso apresentou alta de 0,56% na última semana.
  • Chicago: devido à retomada das exportações ucranianas de grãos pelo Mar Negro, as cotações em Chicago recuaram 0,61% na última semana e fecharam a US$ 5,98/bu.
  • Dólar: o reajuste da taxa de juros anunciada pelo BC na última semana estimulou o regresso de recursos estrangeiros no país, acarretando a queda de 0,10% da moeda.

Queda nas exportações do milho estadunidense para a safra 2021/22, segundo o USDA.

No mês de jul.22, as exportações de milho dos EUA apresentaram um dos menores volumes para a safra 21/22, de apenas 3,91 milhões de t, o que representa uma queda dos embarques de 21% ante ao mês anterior. Com isso, o acumulado dos embarques da safra americana (set a ago) somam, até o momento, apenas 56,41 milhões de t, 9,18% a menos em relação à safra passada.

Essa redução é reflexo da realocação da demanda externa para a produção de etanol no país, bem como a menor demanda para a China, devido ao lockdown da Covid-19 em jul.22.

Tudo isso tem trazido incertezas ao mercado, se o país vai conseguir atingir a previsão de total de embarques do USDA, de 62,23 milhões de t para a safra 21/22. Tendo em vista que, para isso, será necessário exportar semanalmente até o final de ago.22, 1,45 milhão de t, volume que não é observado desde o mês de maio e 45,61% acima da média exportada do último mês.

Fonte: IMEA

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