A oferta e demanda da pluma mundial para a safra 21/22 apresentou aumento na produção e queda no consumo, segundo o USDA. A oferta ficou estimada em 26,19 milhões de toneladas, alta de 150 mil t ante a projeção do mês passado, reflexo do reajuste na produção do Paquistão. Em relação ao consumo, a previsão foi reduzida em 160 mil t no comparativo mensal, estimado em 26,87 milhões de t.
A queda foi puxada pela China e Vietnã, devido às incertezas sobre a economia nos países consumidores da fibra. Sendo assim, os estoques mundiais para a safra ficaram previstos em 18,97 milhões de t, acréscimo de 0,51% ante a perspectiva de setembro.
Por fim, a pressão baixista dos dados divulgados pela USDA, pressionou os preços da pluma na bolsa de NY, que atingiu a mínima de ₵ US$ 103,86/lp na última quarta-feira (13/10) para o contrato corrente.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Valorização: Reflexo da demanda aquecida pela pluma, o preço Imea apresentou alta de 3,04%, quando comparado à semana passada, a R$ 193,55/@.
- Declínio: O preço da pluma na bolsa de NY para o contrato dez/21 exibiu desvalorização de 2,32% no comparativo semanal, cotado a ¢ US$ 106,89/lp.
- Alta: Mesmo com o avanço do beneficiamento, o preço da torta de algodão apresentou um incremento de 4,28%, ante a semana passada, cotado a R$ 1.627,70/t.
A nova estimativa de oferta e demanda da pluma em MT trouxe ajuste na projeção da safra 20/21 e a primeira perspectiva para a safra 21/22.
A produção da safra 20/21 foi revisada para 1,65
milhão de t, queda de 26,42% ante à safra 19/20, e a oferta total em MT ficou prevista em 1,67 milhão de t. Já a demanda, com o ritmo lento dos envios no início do ciclo da safra, a projeção de exportação foi mantida em 1,10 milhão de t.
Além disso, a retomada gradativa da economia no Brasil, aliada aos baixos estoques das indústrias no país, aumentou 7,71% no consumo interestadual. Para a safra 21/22, a primeira perspectiva em MT é de alta na produção da pluma. Desse modo, espera-se uma oferta de 1,93 milhão de t, acréscimo de 16,06% ante a safra 20/21.
No que tange à demanda, as exportações ficaram estimadas em 1,32 milhão de t, aumento de 19,58% em relação à safra anterior. Já o consumo interestadual avançou 8,51% em relação à safra passada, previsto em 586,42 mil t. Por fim, com uma maior oferta, os estoques ficaram projetados em 5,76 mil t. Clique aqui.
Fonte: IMEA
