De acordo com a divulgação da Conab, a produção esperada para o milho 21/22 no Brasil apresentou uma redução de 3,65% ante a previsão de dez.21, sendo estimada em 112,90 mi de toneladas.
Esta redução foi pautada, exclusivamente, pelo milho primeira safra, que vem sendo afetado por baixos índices pluviométricos em algumas regiões produtoras e tendo o desenvolvimento prejudicado.
Nesse sentido o sul do país, que tem como foco a primeira safra, foi o mais afetado pela estiagem, principalmente o RS, onde a expectativa é que os produtores colham 61,38 sc/ha contra 119,08 sc/ha estimadas em dez.21. Dessa forma, houve uma redução na oferta esperada para a região, o que vem impactando as cotações do milho na bolsa B3, que chegaram a atingir R$ 100/sc no dia 19/jan.
Esse cenário tende a forçar os demandantes a buscarem milho em outros estados e, diante da baixa oferta do cereal em MT, os preços no estado também apresentaram elevação de 6,39% na média da última semana.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Subindo: as cotações do cereal na CME-Group apresentaram uma alta de 1,68% em relação à semana passada, com valor médio de R$ US$ 6,07/bu.
- Aumento: as cotações do milho na bolsa brasileira também apresentaram alta de 3,69% em relação à semana passada, com valor médio de R$ 99,04/sc.
- Alta: o preço médio segundo indicador Cepea também apresentou valorização de 2,07% em relação à semana passada e ficou cotado em média R$ 97,60/sc.
O Imea divulgou a última estimativa para o custo de produção do milho para a safra 21/22 em MT.
Assim, foi visto que o custeio (COE) do cereal para a temporada foi consolidado em R$ 3.381,94/ha, o que representa uma elevação de 30,92% quando comparado à safra 20/21. Esse incremento foi pautado, principalmente, pela alta nos insumos utilizados na cultura, que apresentaram uma valorização de 38,81% ante a safra passada.
Dentre os insumos, os fertilizantes e corretivos foram os principais responsáveis pela alta, com uma elevação de 58,85% ante a temporada 20/21. Cabe destacar que esta alta está atrelada à valorização que a moeda norte-americana e os insumos sofreram no decorrer dos meses de 2021.
Com isso, o foco do acompanhamento do custo de produção do milho passa a ser para a temporada 2022/23 e diante disso é importante que o produtor acompanhe as variações dos insumos e negocie ao longo do ano, sempre travando na mesma moeda, a fim de tentar se proteger desse cenário de elevação dos dispêndios.
Fonte: IMEA