Para falar do mercado mundial de fertilizantes temos que obrigatoriamente falar da China, Índia, EUA, Canadá e Rússia. Estes gigantes territoriais também são gigantes quando pensamos em suprimentos de nutrientes para as plantas. Um destaque especial é feito a Índia, que situa-se entre os maiores produtores, mas também é um dos maiores consumidores, necessitando ainda importar para suprir sua altíssima necessidade de fertilização.

Fonte: Adaptado de Bolsa de Comércio de Rosário

Dessa forma, a Índia se consolida ano após ano como o principal importador de fertilizantes do mundo, que em sua maioria são provenientes da China. A Índia realiza importantes licitações para compra de fertilizantes.

Logo após a Índia, destaca-se o Brasil como o segundo maior importador de fertilizantes do planeta. O Brasil importa cerca de 85% dos principais fertilizantes usados na agricultura, o chamado grupo NPK: nitrogenados (N), fosfatados (P) e os de potássio (K).

Como maior exportador mundial de Ureia temos a Rússia com 17% do mercado, seguida da China com 13%, Arábia Saudita com 6% e Qatar também com 5%.

No ano passado, os preços dos fertilizantes dispararam como resultado de uma política de exportação mais restritiva na China e na Rússia (principais fornecedores mundiais). Este contexto de oferta restrita, acompanhado por rupturas nas cadeias de valor globais e um aumento acentuado dos custos de frete internacional, levou os preços a níveis recordes.

Com a  guerra na Ucrânia, todos se perguntam com qual a capacidade e quais restrições no fornecimento de fertilizantes iremos nos deparar para a próxima safra, especialmente em um momento onde o estado Brasileiro já foi informado pelo governo de Belarus sobre suspenções nas importações.

Abaixo, um gráfico elaborado pelos especialistas do Portal Globalfert sobre as importações realizadas pelo Brasil, para fertilizantes de origem Russa.

“Cerca de 23,2% do fertilizante importado pelo Brasil é de origem russa, sendo este país responsável aproximadamente 100% do Nitrato de Amônio que chega no mercado nacional.

Em âmbito global, a Rússia é considerada a segunda maior produtora de nitrogenados e potássicos, além de ser a quarta maior produtora de fosfatados. Dessa forma, a disponibilidade principalmente do Nitrato de Amônio – que já vinha sendo afetada pelos bloqueios de exportação russos – e do Cloreto de Potássio, devem ser altamente impactadas.

Para os micronutrientes, a Rússia é o 9º maior produtor mundial de cobre, molibdênio e zinco, tendo grande destaque na produção de cobalto, sendo o 2º produtor deste minério.

Fonte: Globalfert

Nos infográficos abaixo, fica claro qual a importância da Rússia e Belarus quando pensamos em fertilizantes.

Fertilizantes Potássicos: Os maiores produtores de potássio no mundo estão concentrados em países como a Rússia, a Bielorrússia e o Canadá, que juntos, controlam 80% da produção e distribuição mundial de KCl. Rússia e Belarus respondem por mais de 40% da produção mundial.
Nitrogenados:  a Rússia  é o  maior  exportador  mundial.

Agora, ficam as perguntas lógicas: qual sera a capacidade dos demais países fornecer fertilizantes e, a que preço?

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.