Troca favorável: O principal destaque para este início de ano em MT é a velocidade das negociações da soja e de insumos para a safra 20/21. Até o momento, cerca de 33,8% dos insumos e 4,9% da produção total esperada de soja para o próximo ano já estão negociados pelo produtor. Um dos principais fatores para isso é a atual relação de troca entre o grão e alguns fertilizantes para a safra 20/21.

Para se ter uma ideia, o sojicultor mato-grossense está pagando o equivalente a 21 sacas de soja para adquirir uma tonelada do fertilizante 00.18.18 para a próxima safra, valor 11,1% menor que o do início do ano passado, quando começaram as negociações para a safra 19/20. Além disso, o avanço da peste suína no mundo e o acordo EUA x China trazem incertezas quanto aos preços da soja no Brasil na próxima temporada e vem impactando na tomada de decisão do produtor em acelerar a comercialização e garantir o custo de seus insumos para a safra futura.



Confira os principais destaques do boletim:

• O preço da soja disponível finalizou a última semana cotado a R$ 73,42/sc no estado de MT, queda de 2,80% em relação à semana anterior. Além da queda na bolsa de Chicago, os prêmios portuários influenciaram.

• A bolsa de Chicago CME-Group recuou 1,24% ante a semana anterior (contrato mar20), fechando com média de US$ 9,33/bu, com o reposicionamento dos players após assinatura do acordo “fase 1” entre os EUA e a China.

• Além dos desdobramentos da guerra comercial entre os EUA e a China, as incertezas quanto à recuperação da economia brasileira têm influenciado o dólar, que teve incremento de 2,36% na semana.

• Mato Grosso fechou a semana com 5,86% das áreas de soja colhidas, avanço de 4,08 p.p., resultado do tempo “aberto” da última semana em grande parte do estado.

PRODUÇÃO ESTÁVEL: Ainda que com algumas paradas para manutenção nas indústrias em MT, dezembro apresentou o maior volume esmagado para o mês na série histórica do Imea, resultando em 721 mil toneladas de soja esmagadas. Com isso, o levantamento de 2019 apontou um total de 9,9 milhões de t da oleaginosa processadas, valor muito próximo ao alcançado em 2018.

Apesar das reduções das exportações em 2019 (em relação ao último ano), o farelo e o óleo de soja foram muito demandados internamente. O óleo, por exemplo, está sendo utilizado em grande escala na produção de biodiesel no estado. Atualmente, MT possui a maior capacidade instalada de processamento de soja e a segunda maior produção de biodiesel do Brasil.

Para o próximo ano as expectativas são boas, pois com a política brasileira de biodiesel poderá haver maior incremento de biodiesel ao diesel anualmente até 2023, o que deve demandar mais óleo de soja do estado.

Fonte: IMEA

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