COMERCIALIZAÇÃO EM MATO GROSSO
A comercialização de milho em Mato Grosso da safra 21–22 avançou 5,16 p.p. em dez–22 em comparação a nov–22 e chegou a 91,06% do total esperado da produção. Esse avanço se deu, principalmente, porque alguns produtores estão dando vazão ao cereal armazenado para
comportar a produção de soja que está sendo colhida. Assim, o preço médio mensal negociado ficou em R$ 65,06/sc, queda de 0,40% ante o mês anterior. No que se refere à safra 22–23, a comercialização avançou 2,98 p.p. em dez–22 ante a nov–22 e totalizou 23,06% da produção esperada negociada. Ainda, esta safra está 22,91 p.p. e 22,46 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos e do mesmo período da safra 21–22, respectivamente. Essa postergação, vem ocorrendo devido à cautela do produtor em negociar grandes volumes antecipadamente, visto as incertezas quanto aos preços e ao resultado produtivo da safra.
Confira os destaques do boletim:
B3 RECUA: devido à redução do dólar, a bolsa brasileira apresentou descrécimo de 0,43% no comparativo semanal, fechando em média de R$ 87,70/sc.
PARIDADE EXPORTAÇÃO: com a queda da moeda norte–americana, a paridade jul–23 apresentou recuo de 5,76% ante a semana passada e ficou cotada a R$ 59,80/sc.
DÓLAR EM QUEDA: dado à queda na inflação dos EUA e com o cenário político brasileiro mais otimista, a moeda registrou redução semanal de 4,00% e média de R$ 5,19/US$.
Na última sexta–feira (13/01), foi divulgado os dados de semeadura do milho em MT da safra 22–23
Assim, o primeiro levantamento realizado pelo Imea registrou que 0,42% das áreas destinadas ao cereal já foram semeadas no estado. Esse percentual está 1,61 p.p. e 1,15 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos e do mesmo período da safra 2021–22, respectivamente. No que se refere às regiões, as primeiras que deram início a semeadura foram: noroeste, com 0,95%, médio–norte, com 0,86%, norte, com 0,55%, e nordeste, com 0,01%. O principal fator que está limitando o avanço da semeadura do cereal é a colheita da soja, que vem enfrentando dificuldades devido ao alto volume de chuva registrado nesse período, o que está atrasando os trabalhos na lavoura. Nas próximas semanas, o TempoCampo estima precipitações de 200 a 300 mm (16–01 a 16–02), para grande parte das regiões do estado, o que pode dificultar ainda mais os trabalhos a campo.
Fonte: Boletim semanal n° 732 – Milho – IMEA