O mercado brasileiro de milho deve seguir com negociações travadas nesta quarta-feira. O cenário internacional conturbado, em meio a disputas tarifárias protagonizadas pelos Estados Unidos e China, faz com que produtores e consumidores atuem com cautela nos negócios. A Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta, enquanto o dólar sobe forte frente ao real, ultrapassando a barreira dos R$ 6,00.
O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar um ambiente de negócios travado no decorrer desta terça-feira, com produtores e consumidores adotando postura cautelosa nas negociações. Foco no avanço do dólar e na tensão global. O movimento dos futuros do milho e a evolução climática também são pontos de atenção.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 76,00/80,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 75,00/80,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 75,00/76,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 84,00/86,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 88,00/89,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 75,00/77,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 78,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 77,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 78,00/82,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em maio operam cotados a US$ 4,71 por bushel, avanço de 2,00 centavos de dólar, ou 0,42%, em relação ao fechamento anterior.
* Em um dia marcado pelo acirramento da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, o mercado encontra suporte na forte desvalorização do dólar frente a outras moedas, o que ajuda a manter a competitividade do grão norte-americana e tenta conter os impactos negativos sobre a demanda.
* Enquanto a China tem relativa facilidade para substituir os Estados Unidos como fornecedor, comprando produtos da América do Sul, os EUA enfrentam maiores dificuldades para encontrar novos mercados compradores. Além disso, a queda de quase 7% nos preços do petróleo em Nova York limita um avanço mais expressivo das cotações da oleaginosa.
* Nesta manhã, a China anunciou um aumento nas tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos, elevando as taxas de 34% para 84%, com vigência a partir desta quinta-feira (10). A decisão, divulgada pelo Ministério das Finanças chinês, é uma resposta direta às recentes medidas adotadas pelos EUA, que aumentaram suas tarifas sobre mercadorias chinesas para 104%. Além disso, o Ministério do Comércio chinês incluiu 12 empresas americanas em uma lista de controle de exportações e outras seis em uma lista de “entidades não confiáveis”, restringindo significativamente suas atividades comerciais no país.
* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar nesta quinta-feira (10), a partir das 13h, o relatório de oferta e demanda de abril, trazendo estimativas de oferta e demanda de milho norte-americano e mundial para a temporada 2024/25.
* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que os estoques finais de passagem da safra 2024/25 norte-americanos devem ser indicados em 1,506 bilhão de bushels, contra os 1,54 bilhão de bushels indicados em março.
* Para a safra global 2024/25, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 288 milhões de toneladas, levemente inferiores às 288,9 milhões de toneladas indicadas no relatório do mês passado.
* Ontem (8), os contratos com entrega em maio de 2025 fecharam com alta de 4,50 centavos, ou 0,96%, cotados a US$ 4,69 por bushel. Os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com avanço de 4,00 centavos, ou 0,84%, cotados a US$ 4,74 3/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 1,07% a R$ 6,0602. O Dollar Index registra desvalorização de 0,75% a 102,18 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +1,31%. Japão, -3,93%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -4,00%. Frankfurt, -3,96%. Londres, -3,49%.
* O petróleo opera em baixa. Maio do WTI em NY: US$ 56,09 o barril (-5,85%).
AGENDA
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
– Japão: A leitura do índice de preços ao produtor de março será publicada às 20h50 pelo BOJ.
– China: A leitura do índice de preços ao consumidor de março será publicada às 22h30 pelo departamento de estatísticas.
– China: A leitura do índice de preços ao produtor de março será publicada às 22h30 pelo departamento de estatísticas.
—–Quinta-feira (10/04)
– Atualização da estimativa da safra brasileira de grãos em 2024/25 – Conab, 9h.
– O IBGE divulga, às 9h, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola referente a março.
– EUA: O índice de preços ao consumidor de março será publicado pelo Departamento do Trabalho às 9h30.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– Relatório de abril de oferta e demanda mundial e dos EUA – USDA, 13h.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (11/04)
– Alemanha: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de março será publicada às 3h pelo Destatis.
– Reino Unido: A leitura mensal do PIB de fevereiro será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A produção industrial de fevereiro será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de fevereiro será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.
– O IBGE divulga, às 9h, o IPCA e INPC referentes a março.
– O BC divulga, às 9h, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) referente a fevereiro.
– EUA: O índice de preços ao produtor de março será publicado pelo Departamento do Trabalho às 9h30.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
– China: O saldo da balança comercial de março será publicado às 4h10 do dia posterior pela alfândega.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News