O mercado brasileiro de milho deve ter um dia de cautela nos negócios, com a atenção voltada ao câmbio e ao relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Os investidores devem avaliar também os dados divulgados hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de grãos. No cenário internacional a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera com preços em alta, em compasso de espera do USDA.

Ontem (9), o mercado brasileiro de milho teve uma segunda-feira de preços pouco alterados. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado teve o surgimento de alguma melhor oferta regional, com acomodação nos preços nestas localidades. “A volatilidade forte do câmbio deixou o mercado um pouco sem rumo no dia”, indicou.

No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 75,00/80,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 73,00/78,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 78,00/80,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 79,00/81,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 80,00/81,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 85,00/87,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 74,00/76,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 71,00 – R$ 75,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 76,00/78,00 a saca em Rondonópolis.

CONAB

A produção brasileira de milho em 2020/21 deverá ficar em 104,890 milhões de toneladas, conforme o segundo levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com avanço de 2,3% na comparação com a temporada passada, quando foram colhidas 102,515 milhões de toneladas. No mês passado a safra havia sido aponta em 105,167 milhões de toneladas.

A Conab indica uma área plantada de 18,442 milhões de hectares, baixa de 0,5% se comparado à última temporada, quando foram semeados 18,527 milhões de hectares. A Conab trabalha com uma produtividade média nacional de 5.688 quilos de milho por hectare, 2,8% superior à média de 5.533 quilos por hectare de 2019/20.

A produção da primeira safra está estimada em 26,489 milhões de toneladas, com avanço de 3,2% sobre o ano anterior, quando foram colhidas 25,689 milhões de toneladas na safra de verão. A área deve recuar 2%, passando de 4,235 milhões de hectares para 4,150 milhões de hectares. A produtividade média subir 5,2%, de 6.065 quilos por hectare para 6.382 quilos por hectare.

Em relação à segunda safra, ou safrinha, a Conab prevê produção de 76,763 milhões de toneladas em 2020/21, com ganho de 2,3% sobre à safra anterior, quando a safra ficou em 75,053 milhões de toneladas. A área deve ficar em 13,755 milhões de hectares, sem alterações. A produtividade média subir 2,3%, de 5.456 quilos por hectare para 5.580 quilos por hectare.

Para a terceira safra 2020/21, a Conab prevê produção de 1,638 milhão de toneladas, com baixa de 7,6% sobre à temporada anterior, quando a safra ficou em 1,772 milhão de toneladas. A área deve ficar em 535,6 mil hectares, sem alterações. A produtividade média cair 7,4%, de 3.305 quilos por hectare para 3.059 quilos por hectare.



Chicago 

A posição dezembro opera com ganho de 3,00 centavos, ou 0,73%, cotada a US$ 4,10 1/2 por bushel.

O mercado se posiciona frente ao relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado nesta terça-feira (10).

A produção de milho dos Estados Unidos para a temporada 2020/21 deve ser apontada em 14,645 milhões de bushels, abaixo dos 14,722 bilhões previstos em outubro, segundo adidos e traders consultados por agências internacionais.

A produtividade média da safra 2020/21 deve ser reduzida de 178,4 bushels por acre para 177,5 bushels por acre.

Os estoques de passagem da safra 2020/21 dos Estados Unidos devem ser apontados em 2,048 bilhões de bushels, ante os 2,167 bilhões estimados no mês passado.

A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2019/20 sejam apontados em 300,9 milhões de toneladas, abaixo dos 304,2 milhões indicados no mês passado.

Para a safra 2020/21 a estimativa é de que os estoques finais globais fiquem em 297,8 milhões de toneladas, abaixo das 300,5 milhões de toneladas indicadas em outubro.

Ontem (9), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,07 1/2, alta de 0,75 centavo de dólar, ou 0,18%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio 

O dólar comercial opera com queda de 0,35%, cotado a R$ 5,3670.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,40%. Tóquio, +0,26%.
  • As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +1,06%; Frankfurt, +0,02%; Londres, +1,24%.
  • O petróleo opera com ganhos. Dezembro do WTI em NY: US$ 40,62 o barril (0,79%).
  • O Dollar Index registra alta de 0,10%, a 92,81 pontos.

Fonte: Agência SAFRAS

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